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Família soube de estupro coletivo de criança no Rio através de vídeo

A família da menina de 12 anos vítima de um estupro coletivo na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, na semana passada, só soube do crime ao ver o vídeo gravado pelos estupradores e compartilhado em redes sociais. Neste sábado, 6, a Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav) está procurando a casa onde ela foi abusada e os autores do estupro.

O vídeo tem cerca de um minuto e está sendo disseminado pelo WhatsApp e o Facebook. Mostra a criança cercada por quatro homens nus, enquanto outro os filma. Ela grita enquanto é estuprada e tenta esconder seu rosto com uma almofada. Um dos estupradores diz: “Cala a boca, se alguém ouvir sua voz vai saber que é tu.” Outro fala: “Tapa o rosto da novinha.”

O estupro teria sido no último domingo, depois de uma festa numa comunidade pobre da Baixada Fluminense – o nome do município não está sendo divulgado, para a preservação da vítima. Ela teria sido enganada pelos estupradores, de modo que ficasse mais no local e fosse violentada. Eles teriam ligações com o tráfico de drogas local. 

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A menina deve prestar depoimento na segunda-feira, e encaminhada para exame íntimo. A denúncia à Dcav foi feita na sexta-feira por uma tia, que contou que a sobrinha está muito abalada com a violência sofrida, e que, inclusive, pensava em fugir de casa. Ela não contou à família que havia sofrido o estupro por vergonha e medo de represálias dos criminosos.

A delegada Juliana Emerique de Amorim disse que não há dúvida de que houve estupro e que os responsáveis irão responder não só por este crime (pena de até 15 anos), mas também por terem filmado e divulgado as imagens (pena de até oito anos). Quem armazenou (em celulares ou computadores) e compartilhou as cenas também será implicado. Provedores e sites estão sendo oficiados para retirar o conteúdo do ar.

“É um crime abominável, muito grave, que demanda uma ação imediata. Equipes da Dcav estão na rua para tentar identificar principalmente o local e os personagens envolvidos. Não só aqueles que praticaram o ato, mas todos aqueles que estejam difundindo essas imagens pela internet. Não vou parar as investigações durante o fim de semana”, ela declarou, na sexta, horas após a denúncia.

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“A gente não quer que a adolescente trave e não fale mais do que aconteceu. Isso não pode ficar impune. É uma falta não só com a ela e com a família, mas com a sociedade, que já viu o mesmo crime acontecer a um ano atrás”, pontuou a delegada. Em maio de 2016, a Dcav investigou o estupro coletivo de uma menina de 16 anos na zona oeste do Rio, que resultou na condenação de três homens. Dois estão presos e um está foragido até hoje.

Naiara Silveira

Jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul em 2019, atuo no Portal Gaz desde 2016, tendo passado pelos cargos de estagiária, repórter e, mais recentemente, editora multimídia. Pós-graduada em Produção de Conteúdo e Análise de Mídias Digitais, tenho afinidade com criação de conteúdo para redes sociais, planejamento digital e copywriting. Além disso, tive a oportunidade de desenvolver habilidades nas mais diversas áreas ao longo da carreira, como produção de textos variados, locução, apresentação em vídeo (ao vivo e gravado), edição de imagens e vídeos, produção (bastidores), entre outras.

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