Dois dias após levar o México ao título da Copa Ouro, o técnico Miguel Herrera foi demitido pela Federação Mexicana de Futebol nesta terça-feira, 8. O treinador perdeu o emprego por ter agredido um jornalista na segunda, 27, um dia após a conquista, no aeroporto da Filadélfia, nos Estados Unidos. “Nossos valores, nossos princípios estão acima de qualquer resultado”, justificou Decio de María Serrano, que vai assumir no sábado a presidência da federação. Ao anunciar a saída do treinador, De María afirmou que a agressão “não mostra o espírito de disputa leal e respeitosa” que a entidade defende.
“A violência não cabe na sociedade, na família e muito menos em nenhum esporte. Ninguém que queira se impor com agressões, e não com ideias, diante de conceitos como a liberdade de expressão pode ser membro da Federação Mexicana de Futebol”, reforçou o dirigente. Herrera foi acusado de agredir o jornalista Christian Martinoli, do canal de TV Azteca, com um soco no pescoço, na segunda-feira. O jornalista não informou o motivo da agressão. O então treinador mexicano deixava os Estados Unidos após conquistar o título da competição continental, com a vitória por 3 a 1 sobre a Jamaica, no domingo.
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Herrera, contudo, trouxe estabilidade ao time. Depois do aperto, o México obteve a classificação, graças a uma ajuda dos Estados Unidos, em uma combinação de resultados improvável na reta final das Eliminatórias. Na Copa, o time mexicano se destacou na fase de grupos e por pouco não eliminou a Holanda nas oitavas de final.