O governo federal estuda a hipótese de que recursos do FGTS sejam usados para conceder créditos na compra de imóveis de até R$ 300 mil, segundo o jornal Folha de S. Paulo. Atualmente, o teto é de R$ 190 mil, voltado para financiar habitação popular e o programa Minha Casa, Minha Vida.
O objetivo da medida é aumentar o volume de recursos destinados ao crédito imobiliário, uma vez que o saldo das cadernetas de poupança, usados para esse fim, baixa gradativamente há meses. Na Caixa Econômica Federal, principal banco no crédito imobiliário, a perda de recursos da poupança já provocou uma redução na concessão de crédito e a situação pode atingir outras instituições.
A poupança financia imóveis de até R$ 750 mil conforme as regras do Sistema Financeiro de Habitação (SFH). De janeiro até abril, ela perdeu R$ 29 bilhões em depósitos.
Publicidade
A Caixa, gestora do FGTS, realiza estudos técnicos para levar a proposta à reunião do conselho curador do fundo, no próximo dia 26. As construtoras queriam que o fundo financiasse imóveis de até R$ 400 mil, mas o valor de R$ 300 mil foi tido como mais real pelos técnicos. Esta ampliação do limite de financiamento com o dinheiro do Fundo interessa aos bancos privados, que poderiam passar a operar com essas linhas. Atualmente, só a Caixa e o Banco do Brasil financiam habitação com dinheiro do FGTS.
Através da proposta que passa por estudo, o financiamento apenas com dinheiro da poupança ficaria restrito a uma faixa menor – imóveis entre R$ 300 mil e R$ 600 mil –, o que manteria essa fonte por mais tempo. O FGTS entraria nos imóveis mais baratos e os de custo entre R$ 600 mil e o limite atual de R$ 750 mil passariam a contar com um mix de dinheiro da poupança e de recursos captados por meio de Letras de Crédito Imobiliário (LCI). Como as LCIs têm rentabilidade atrelada ao CDI, os juros ficariam mais altos.
Publicidade
This website uses cookies.