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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Fifa realiza sorteio e Brasil conhece caminho para conquistar o hexa na Rússia

Com Pelé e Maradona na mesma sala, a Fifa quer transformar o sorteio dos grupos da Copa do Mundo de 2018 em uma demonstração de que superou as suas crises e divisões e ainda pretende abafar a proliferação de denúncias de corrupção vindas dos tribunais de Nova York, nos Estados Unidos. Para isso, contará com a ajuda de Vladimir Putin, presidente da Rússia, que garantiu uma blindagem total aos dirigentes, assim como um volume inédito de recursos públicos para um Mundial de futebol.

O pontapé inicial do Mundial será o sorteio das chaves, realizado no suntuoso Palácio do Kremlin, nesta sexta-feira, às 13 horas (de Brasília). Seu resultado irá traçar o caminho pelo qual o Brasil terá de tomar para tentar alcançar o hexacampeonato mundial. Além dos adversários, o sorteio também definirá por quantas cidades a seleção brasileira terá de viajar.

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Cabe assim a uma comissão técnica que nunca foi a uma Copa do Mundo defender os interesses do time. Edu Gaspar, coordenador de seleções, admitia nesta semana a ansiedade para conhecer o resultado do sorteio. Será a partir disso que a CBF irá montar o seu plano para os próximos seis meses e até mesmo escolher amistosos contra seleções similares aos adversários. “Não temos nenhuma experiência em Copa”, admitiu o novato coordenador. “Mas sabemos que temos de estar bem, consciente de nossas responsabilidades”, disse, indicando que passou semanas estudando o que ocorreu com a seleção em 2006, 2010 e 2014.

Já na primeira fase, o Brasil pode pegar de cara seleções fortes como Espanha ou Inglaterra e, dependendo da chave que cair, cruzamentos perigosos com outras potências.

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Mas se é o sorteio que determinará os rumos de cada seleção, os organizadores tomaram todas as medidas para garantir que o evento seja uma demonstração de força, tanto da Fifa como da Rússia. Para isso, o suíço Gianni Infantino, presidente da Fifa, fez questão de levar até Moscou algumas das maiores lendas do futebol internacional, justamente para mostrar ao mundo que o futebol havia sido retomado, depois de anos de cartolagem. Como um símbolo de união, a Fifa reuniu os dois melhores jogadores da história: Pelé e Maradona. Rivais históricos, sua união será usada como um sinal de que a “família do futebol” colocou um fim a suas divisões.

A entidade também estima que vai terminar o ano com sua meta de arrecadação alcançada, com receita de US$ 5,6 bilhões (R$ 18,3 bilhões). O volume é recorde, mas representa um crescimento marginal em comparação ao resultado de 2014.

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Na tribuna de honra do Kremlin, outros 6 mil convidados da elite do país, ministros e Vladimir Putin acompanharão o evento, vitrine do país para o mundo. Para isso, não houve economia. No total, a Copa custará US$ 10,8 bilhões (R$ 35,4 bilhões), um recorde absoluto. No Brasil, o País destinou R$ 27,1 bilhões ao torneio de 2014.

O imponente hotel de luxo usado pela Fifa em Moscou era o retrato dos interesses políticos por trás dos gastos russos com o evento. Nos últimos dias, o lobby foi tomado por prefeitos, políticos e governadores locais, cada qual com sua pequena milícia de seguranças. Dirigentes, ironicamente, apontavam que era ali que estava acontecendo a “verdadeira Copa” para os russos, com acordos comerciais e barganhas políticas. E tudo isso sem sorteio.

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