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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Finados e luto

A espécie humana está entre as únicas (se não a única) a ter consciência de sua existência e finitude da vida. Viver sabendo que iremos morrer não é tarefa fácil. Acreditar em vida após a morte ajuda, mas não resolve. Para isso, nosso aparelho psíquico lança mão de mecanismos de defesa primitivos como a repressão para não pensarmos nisso constantemente, deixando este fato numa gaveta bem fechada. Provavelmente você só irá abrir essa gaveta por estar lendo este texto.

Diante de perdas, costumamos passar por um processo de luto. E esse luto possui cinco estágios (não lineares e não contínuos) que nos leva a aceitação de fatos negativos da vida. Lembro aqui que o luto não se dá somente por morte, mas por qualquer perda, como emprego, relacionamento ou uma grande frustração.

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Normalmente perdas que violam a ordem natural do ciclo biológico, como a morte de filhos e pessoas jovens, costumam impactar mais na vida de quem fica. Pais nunca deveriam ter que enterrar filhos. Não consigo pensar numa dor maior do que essa. Consideramos um luto normal quando o processo de aceitação leva até 60 dias. Passando de dois meses ou quando a pessoa não consegue retomar sua funcionalidade e experimenta um sofrimento avassalador, esse processo normal e saudável se transforma num luto patológico.

O luto patológico deve ser considerado um transtorno mental e receber tratamento, pois impacta negativamente na vida da pessoa. Esse tratamento é preferencialmente psicoterápico, mas pode ser necessário o uso de medicamentos. Se você está em sofrimento ou conhece alguém que vive num luto patológico, saiba que existe auxílio. Infelizmente não trará quem você perdeu de volta, mas a vida deve continuar por aqueles que continuam conosco.

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