Vou interromper nessa semana as histórias das viagens que escrevo duas vezes por mês na coluna. Gostaria de falar de alguns fatos que presenciei, li e assisti na TV.
Cheguei à conclusão de que os humanos são metódicos, com esse ensinamento de “ficar em casa” para as pessoas de risco. Tenho diabetes, controlado pela alimentação, e tomo remédios para a pressão; a minha situação ficará difícil caso pegue esse vírus. Ainda bem que levo na esportiva essa situação. Mau humor e receio fazem mal à saúde.
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A minha filha biomédica, nosso anjo da guarda de casa, finalmente conseguiu um emprego no laboratório do Hospital Bruno Born, de Lajeado, e nos fins de semana estuda na Universidade de Novo Hamburgo, onde faz pós-graduação. Ainda bem que é eficiente e estudiosa. Enquanto isso, agora viramo-nos nas compras em supermercados, que era tarefa dela, além de manter o pai sob vigilância constante, já que é rebelde e gosta de liberdade.
Os meus amigos da cerveja agora se reúnem por videoconferência. Cada um senta-se diante do computador, abre sua cerveja preferida, copo e guardanapo e conta as novidades da semana. O tempo é determinado pelo número de cervejas ingeridas, limitadas a três.
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Outro amigo contou que se separou da esposa, depois de 55 anos casados. Pegou suas roupas e outros objetos pessoais e foi morar sozinho em um apartamento de um quarto, lamentou-se.
Relatou que faltava água nas torneiras. Tinha um vazamento na casa quase insolúvel e, antes de sair, fechava o registro geral. Diversos especialistas foram contatados. Outro dia, alguém da Corsan trouxe um aparelho que auscultava o encanamento e não encontrou o vazamento. Depois de uma semana, repetiu o procedimento e achou o furo da bala, ou melhor, do cano. Era algo insignificante, mas causou uma tragédia na família: a separação do casal. Talvez um dia retorne ao lar, é a esperança do infeliz esposo. Porém, com uma condição: que o banho seja breve.
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Oxalá logo, logo surja a vacina e possamos voltar à normalidade da nossa convivência social!
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