“Seu fofoqueiro!” Estou acostumado com a qualificação que poderia soar como ofensiva. Eu afirmo:
– Tens razão! Sou um fofoqueiro diplomado e remunerado! – referindo-me à situação de jornalista profissional formado na Unisinos.
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A informação envelhece em minutos, tamanha a intensidade dos dias recentes vividos na ilha da fantasia, conhecida como Brasília.
Há séculos que a troca de notícias “informais” – a popular fofoca – é esporte nacional. Esse processo de distribuição de novidades envolve simpatias e antipatias típicas das relações humanas. Se o protagonista do “causo” é uma pessoa querida, é comum minimizar seus erros e exagerar nas qualidades.
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As revistas de circulação nacional promovem um “telefone sem fio” em dimensões continentais, com consequências devastadoras. Uma delas solapou reputações até então inatacáveis. Cito duas: Ibsen Pinheiro, então presidente da Câmara Federal, e Alceni Guerra, que era ministro da Saúde. Sem falar do episódio da Escola Base, de São Paulo.
Foram dois “escândalos” que soterraram biografias ilibadas que se desmancharam quando a publicação chegou às bancas. Hoje isso se agravou através das redes sociais.
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Diplomado ou não, o fofoqueiro é um personagem que vive dentro de cada um. Mas que é odiado quando interpretado pelos outros.
(Esta crônica publicada foi em meu blog no dia 30 de março de 2016.)
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