Era por volta de 5h quando os irmãos Sinval e Emerson, mais conhecido por “Toco”, foram informados pela companheira do taxista Ataliba dos Santos,65 anos, que o pai havia desaparecido. Começava naquele instante uma verdadeira cruzada em busca do taxista. De carro, percorreram estradas de toda a região, sempre com um “pé atrás” ao que poderiam encontrar. Uma pista crucial levou-os a deixar o esmo e se deslocarem à cidade de Ibarama. Desesperados, antes da polícia, que já havia sido comunicada do sumiço, buscaram, morador a morador, marcas de pneu ou qualquer indício de que o Voyage do pai estivesse passado por aquele local. A névoa tomava conta da estrada, e a alteração emocional quase não os deixava pensar com clareza sobre o paradeiro do taxista.
Nas proximidades do alague da barragem, num instinto, Toco resolveu subir ao invés de descer pela via. Ao longe, apesar da bruma, viram um pé de sapato. “Deve ser do pai, com certeza”, disseram. Se aproximaram mais e perceberam que o matagal estava amassado nas proximidades de um grande barranco. Pensaram que o automóvel de Ataliba estaria ali. Não. Não era o carro. Era o próprio corpo do pai, com inúmeras marcas de facadas, com sangue empossado, e alguns órgãos jogados para o lado de fora do corpo. A cena: o pai morto e dois filhos que choravam no amanhecer de uma sexta-feira qualquer. A vontade: justiça. Depois de se depararem com aquele “horror”, Toco afirma que começaram a providenciar para que a Polícia se deslocasse até a comunidade de Novo Porto Gramado. Era necessário fazer necropsia no corpo e levantamento de local. Começava naquele momento a caçada aos assassinos, ainda que no íntimo da família. Terminava ali a história de um homem, amigo da cidade inteira.
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