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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Fora de pauta: Nove de doze

Romeu, Dulce, Ivo, Ivone, Ângelo, Luiz (mais conhecido por tio Alemão), Regia, Fatima, Miguel, Guido, José (mais conhecido por tio Zeca) e Paulo. Vou poupar aqui os segundos nomes, que todos eles têm, para economizar caracteres. Essa é a prole dos já falecidos Iria e Almiro, meus avós maternos. Sim, se você parou para contar, são 12. E digo mais, se eu não escrever os nomes em ordem de nascimento dos irmãos, enquanto mentalmente os falo, perco o fio da meada e corro o risco de errar a contagem.

Cresci cercada de tios e primos. Quando criança, enquanto amigos próximos diziam que tinham dois ou três tios, cinco a seis primos, eu ainda estava me certificando de que sabia o nome de todos os meus parentes, de seus companheiros e, anos após, da próxima geração dos Hermes que vinha se somando. Cresci integrando este grande clã e com belas lembranças. Você faz ideia de quanto tempo demorava um amigo-secreto no Natal dos Hermes, há alguns anos? Pois é, para a gente nunca existiu um evento para aplicar a frase “vou fazer uma festinha pequena, só para a família”. E digo mais, está na genética a alegria de reunir todos. E as cantorias? Outro auge de muitas festividades. Dos mais jovens aos mais velhos da família, todos se uniam ao coro embalado por música brasileira, com boas obras de MPB e samba. Esta família a que pertenço já locou ônibus para ir a formaturas (no plural) em Florianópolis e voltou cantando inclusive (sim, éramos mais jovens, talvez hoje a escolha fosse dormir um pouco mais na viagem).

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Esse time de futebol com direito a jogador reserva tem pouca diferença de idade (vó Iria guerreira). Por isso, cada ampliação de faixa etária anunciada pela Prefeitura praticamente garante a imunização de mais um Hermes. Minha prima Marília definiu bem, em mensagem compartilhada com a família há alguns dias: “cada dia, uma foto de alento neste grupo!”. É verdade, um alento a cada um que se vacina. Ver, ainda que em velocidade menor do que gostaríamos, mais gente vacinada fortalece nosso sentimento de que, um dia, tudo isto vai passar. E quando passar? Bom, daí vamos ter que escolher qual será a sede deste encontro para fazer a reserva, providenciar o cardápio e cada um garantir a sua cerveja gelada, para hidratar as cordas vocais. Conto ansiosa os dias ou meses para este momento (só torço para que não precise contar mais um ano).

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