Por Marisa Lorenzoni
marisa@gazetadosul.com.br
Pintar, para mim, é expressar com tintas um sonho.” Assim o artista plástico santa-cruzense Lula Werner define o que a pintura em tela representa para ele. Aos 61 anos, ele conta que suas primeiras pinceladas aconteceram ainda quando era guri, com 14 anos. “Desde muito pequeno, nos primeiros anos escolares, eu já me sentia atraído pelo desenho, pelos traços. E muito antes de pintar, nós precisamos saber desenhar, conhecer proporções, perspectivas.”
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E sobre a decisão de seguir com a arte, ele afirma que, antes de pensar acerca dos aspectos econômicos e financeiros de uma carreira, priorizou sua vocação. “Eu não tinha uma noção de como seria, simplesmente me deixei guiar pela minha intuição, pela minha vontade, e a arte me pegou de tal maneira que se tornou impossível abandonar.”
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Eclético, Lula não se limita a um gênero. Afirma que consegue fazer de tudo. “Eu gosto de pintar. Vou do abstrato ao surrealismo. Tenho várias linhas de trabalho e deixo tudo fluir naturalmente. Me sinto livre para fazer aquilo que estou sentindo no momento.” Nos mais de 40 anos dedicados à profissão, o artista já participou de 18 exposições individuais e 37 coletivas. E é da primeira individual, em 1982, que ele tem uma recordação significativa: foi durante essa mostra que vendeu sua primeira tela. “Me senti realizado e com mais ânimo para seguir em frente. Naquele momento, percebi que estava mesmo no caminho certo. Quando alguém adquire uma tela tua é porque o teu trabalho está ficando interessante”, relembra.
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