Francisco Teloeken

Francisco Teloeken: “7 atitudes para gastar menos”

Em 28 de janeiro deste ano, a Forbes Brasil publicou a história de Ana Paula Branco Alves, em que ela relaciona sete dicas que qualquer pessoa ou família podem colocar em prática, sem muito sofrimento, para lidar melhor com seu dinheiro e começar a poupá-lo:

1) Conhecer suas despesas: o ponto de partida é ter uma compreensão clara da sua situação financeira atual, fazendo  um levantamento das receitas, despesas, dívidas e bens patrimoniais disponíveis. Com relação às despesas que exigem alguma técnica para serem identificadas, a DSOP Educação Financeira sugere começar pelo diagnóstico. Durante 30 ou 60 dias, anotar todos os desembolsos efetuados, desde o valor de um cafezinho até a prestação do imóvel, classificando-os em categorias, como moradia, alimentação, transporte, saúde, etc. Com este levantamento, já é possível reduzir, substituir ou eliminar itens.

2) Ter objetivos: ter metas para alcançar no curto, médio e longo prazo ajuda a ter determinação para controlar os gastos e guardar dinheiro. É que economizar apenas para acumular saldos financeiros, sem uma finalidade específica, geralmente não se sustenta. Ajuda a evitar novas despesas desnecessárias, a recomendação de evitar ambientes que estimulem compras, inclusive sites da internet.

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3) Negociar despesas e dívidas: reduzir algumas despesas, como moradia, não é uma tarefa fácil, mas não impossível. Renegociar contratos de serviços, dívidas e taxa de juros podem ajudar na redução ou eliminação de gastos desnecessários.

4) Fugir de prestações: nem toda dívida é ruim, mas prestações com cartões de crédito acima do limite, decorrentes de compras desnecessárias ou supérfluas, empréstimos  para adquirir veículos; são dívidas assumidas para comprar passivos, quer dizer, itens que tiram dinheiro. Já prestações de empréstimos para adquirir  propriedades ou  equipamentos para desenvolver algum  negócio, são dívidas boas que trarão retornos financeiros.

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5) Não gastar mais do que ganha: não controlar os gastos e acumular dívidas ruins, gastando mais do que se pode pagar, de acordo com a maioria dos especialistas de finanças pessoais, são os comportamentos mais prejudiciais para a saúde financeira. Mas, Robert Kiyosaki, autor de vários livros, dentre o quais Pai Rico e Pai Pobre, questiona essa premissa de “não gastar mais do que se ganha”, considerando-a destrutiva pois passa uma ideia de escassez. Ante à indecisão de adquirir algo, ou não, em vez de pensar “eu não posso pagar por isso”, preso à mentalidade de escassez, Kiyosaki sugere perguntar-se “como eu posso pagar por isso?”

6) Ter uma reserva para imprevistos ou de emergência mesmo: um valor de 3 a 6 vezes das despesas normais; este fundo não é só pra atender a algum imprevisto, mas também poder aproveitar alguma oportunidade, como a oferta em promoção de algum bem, de uma viagem, etc.

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7) Colocar limites: a maioria dos especialistas recomenda estabelecer um limite mensal para cada categoria de  gastos, no planejamento financeiro. Se algum deles for ultrapassado, o que pode acontecer facilmente, compensar com outro. Também neste item, o autor Robert Kiyosaki, já citado na dica 5, diverge, dizendo que colocar limites nos gastos é ver o mundo como um lugar de escassez. Em  vez de limitar-se, Kiyosaki sugere que as pessoas deem um salto e comecem a aprender como conseguir tudo o que desejam.

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Num tempo de crescente endividamento de grande parte da população brasileira, que tem várias causas – baixos salários, consumismo, padrão de vida artificial, juros altos, imprevistos –, uma delas, certamente, é a falta  de educação financeira. Muitas vezes, educação financeira é confundida com finanças pessoais. Enquanto finanças pessoais se restringe a algumas técnicas importantes e necessárias  – saber  fazer alguns cálculos, elaborar e seguir um orçamento, pesquisar preços, preencher planilhas ou um app, conhecer produtos financeiros,  etc -, a Educação Financeira vai além:  usa as ferramentas das finanças pessoais, mas, por ser uma ciência humana, trabalha a mudança do comportamento e de hábitos das pessoas e de suas famílias para torná-las sustentáveis financeiramente. A metodologia da DSOP Educação Financeira, cientificamente comprovada, insiste na mudança de modelo mental e prevê o  equilíbrio entre o ser, o fazer, o ter e o manter. Esse equilíbrio só é possível  se houver uma verdadeira reflexão e decisão sobre prioridades e realizações. Abrir mão de certos desejos e impulsos momentâneos sempre vai valer a pena se atingido o objetivo final. Quando se entende que uma pessoa feliz não é aquela que tem tudo o que deseja, mas tudo que planejou ter, como, por exemplo, a casa própria, fica mais fácil identificar o que precisa ser feito.

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As sete dicas sugeridas pela matéria da Forbes, além de alguma técnica, em menor ou maior grau  requerem algum hábito ou comportamento para sua adoção. Por exemplo: não  basta só relacionar objetivos e metas, como se faz, geralmente, nas viradas de ano. É preciso trabalhar para alcançá-las, o que vai exigir abrir mão da satisfação  momentânea que algum gasto qualquer pode proporcionar. Por isso que se diz que o resultado financeiro  de uma pessoa ou família tem menos a ver com habilidades técnicas e muito mais com comportamento e hábitos. E a forma como alguém se comporta e os hábitos que pratica é algo muito pessoal.

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Ricardo Gais

Natural de Santa Cruz do Sul, Ricardo Luís Gais, 27 anos, é jornalista multimídia no time do Portal Gaz desde 2023.

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