Há poucos dias, em 7 de setembro, comemoramos mais um aniversário da Independência do Brasil. Infelizmente, como já acontece há alguns anos, a data tem sido usada para disputas partidárias e ideológicas. Chamou a atenção que, no dia do evento da independência do Brasil de Portugal, brasileiros tenham desfraldado, na Avenida Paulista, uma imensa bandeira dos Estados Unidos. Seria a vontade de voltar a depender, não mais de Portugal, mas dos Estados Unidos?
O fato histórico pode inspirar-nos a planejar o nosso dia da independência pessoal. Das várias dependências a que estão sujeitas a maioria das pessoas, uma delas, certamente, é a financeira.
Para sair da dependência financeira, de não precisar preocupar-se com dinheiro, não existe fórmula mágica, pois cada pessoa possui metas e sonhos diferentes. Clara Sodré, investidora e sócia da XP Inc, diz que “liberdade ou independência financeira tem a ver em não depender do dinheiro e, sim, fazer o dinheiro trabalhar para você”.
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Mesmo entre especialistas, existe quem confunde liberdade financeira com independência financeira. A liberdade financeira é um conceito abrangente e, ao mesmo tempo, mais arriscado. Todos nós temos liberdade financeira no sentido de que podemos gastar nosso dinheiro ou assumir compromissos financeiros da maneira que achamos melhor, sem necessidade de aprovação ou apenas submetidos a restrições por parte de terceiros, no caso de operações de crédito. Sem um objetivo ou estratégia clara, muitas pessoas, com liberdade financeira, acabam tomando decisões financeiras erradas, o que pode levar ao descontrole financeiro e ao endividamento. Ter liberdade financeira não significa ter um futuro financeiro seguro.
Já a independência financeira ocorre quando a pessoa consegue acumular um patrimônio, em investimentos financeiros ou imóveis que gerem rendimentos suficientes para cobrir todas as suas despesas e ainda ter uma sobra que permita garantir que o patrimônio continue crescendo. O ideal é que os rendimentos sejam o dobro do valor do custo do padrão de vida. Esse deve ser o verdadeiro objetivo para quem busca segurança financeira a longo prazo.
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É claro que independência financeira exige planejamento, disciplina, foco e paciência. Começar a poupar e investir desde cedo é fundamental. O PhD Reinaldo Domingos, criador da DSOP Educação Financeira, diz que a independência financeira não é um objetivo tão distante ou impossível de ser alcançado, listando algumas orientações que considera fundamentais para chegar a esse ponto:
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A independência financeira é o sonho da maioria das pessoas. Poder viver com tranquilidade, sem depender do salário, sem a pressão de dívidas para realizar metas, oferecendo segurança e qualidade de vida pessoal e para a família.
No entanto, para a maioria dos brasileiros isso parece fora do alcance. Grande parte dessa dificuldade vem da realidade financeira do Brasil, com condições socioeconômicas bastante restritivas, principalmente pela desigualdade de renda, que não permitem ter uma reserva para imprevistos ou até aproveitar alguma oportunidade de negócio, quem dirá formar um patrimônio.
Apesar de termos um sistema financeiro estruturado, com regulamentação evoluída e tecnologia avançada, em que se destaca, atualmente, a ferramenta do Pix, cobiçado por potências estrangeiras, é preciso que as pessoas compreendam a importância de organizar suas finanças, mudar sua relação com o dinheiro e o consumo, e investir de forma consciente e planejada, mesmo começando com pouco. Existem pessoas que aprenderam a fazer isso com seus pais ou com as próprias experiências. Outras, que não tiveram essa sorte, devem buscar a Educação Financeira com o objetivo de construir um modelo mental que promova a sustentabilidade, crie hábitos saudáveis e proporcione o equilíbrio entre o ser, o fazer, o ter e o manter, com escolhas conscientes para a realização de sonhos e necessidades.
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