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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Futebol de mesa

Na década de 60, além das peladas de futebol em campos irregulares, outro esporte muito disputado na minha juventude era o futebol de mesa. O campo era uma mesa retangular montada sobre os cavaletes. Os jogadores eram confeccionados de material plástico, que chamávamos de botões de camada.

 Cada guri tinha um time formado por titulares e reservas, sendo que o Grêmio e o Internacional eram representados por aqueles amigos que tivessem mais habilidade. A bola era um botão minúsculo de camisa.

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 Os jogadores de botão tinham valor de troca ou de venda. Os goleadores eram os mais valorizados, sendo que um bom centroavante valia uma fortuna, praticamente inegociável. Hoje seria comparado aos grandes craques de futebol. Bastava ser goleador. Os craques do meu time eram os meio-campistas, que faziam gol a distância. Os meus jogadores inegociáveis eram Dirceu Lopes e Tostão.

 Se alguma transação acontecesse entre os guris e o jogador era considerado craque, em troca se recebia diversos atletas. Alguns se arrependiam do negócio. Sua equipe baixava de rendimento.

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 O juiz era escolhido na hora, tomando-se o cuidado de ser um cara equilibrado e neutro, preferencialmente, de outro bairro. Os campos, confeccionados por marcenarias, assemelhavam-se aos de futebol. Para os jogadores deslizarem melhor, passávamos parafina no tablado, na palheta e nos jogadores.

 As regras tinham como base as do futebol. Era uma jogada para cada um e se acertasse o passe, continuava jogando. Caso errasse a bola e atingisse um jogador, era falta. Se chutasse a gol, deveria anunciar ao adversário, para que pudesse posicionar o goleiro. O campeonato se estendia durante alguns meses e essa foi uma fase muito interessante da pré-adolescência e da adolescência. Movimentava a juventude daquele tempo.

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