A espera foi longa. Demorou 38 anos. Mas o Brasil tem, finalmente, um campeão mundial de surfe. Com a eliminação de Mick Fanning na repescagem no quinto round, Gabriel Medina garantiu o título do World Championship Tour (WCT), nesta sexta-feira, 19, em Pipeline, no Havaí.
O brasileiro lidera o ranking com 56,550 e pode terminar com mais pontos, já que o Billabong Pipe Masters está nas quartas de final. Até então, o melhor resultado do país era o terceiro lugar de Victor Ribas, em 1999.
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Assim como o americano em 1992, o paulista ganha o seu primeiro título mundial com apenas 20 anos. Nenhum outro surfista na história conseguiu este feito. E bem como Slater, Medina é campeão em sua quarta temporada na elite. Até então, tinha como melhor resultado o sétimo lugar em 2012.
O ano de Medina é ainda mais impressionante do que o de Slater em 1992, quando o americano foi campeão com duas vitórias ao longo da temporada. Em 2014, o brasileiro fechou a sua participação no Mundial com três triunfos (Austrália, Fiji e Taiti).
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Com resultados tão expressivos, ganhou o respeito de Slater, que definiu o sucesso do brasileiro como “assustador”, e de Fanning, que afirmou não ver “nada além de bom” para o futuro do paulista. Com o título, conquistou agora o respeito do mundo todo.
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O triunfo de Medina coloca o Brasil de vez entre os melhores do surfe. O país sempre esteve presente nas competições. Na elite desta temporada, por exemplo, teve mais competidores do que a potência Estados Unidos (sete contra cinco). Faltava, porém, um título.
Com a vitória de Medina, o Brasil quebra a hegemonia de australianos e americanos, que dividiram os títulos das últimas nove temporadas (cinco para os Estados Unidos e quatro para a Austrália).
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