Tentar adivinhar quem vai levar o Prêmio Nobel de Literatura é um passatempo anual favorito entre jornalistas e leitores, na mesma proporção que quase todos os anos as previsões são incorretas. Em 2020, o ano em que qualquer esquema racional das coisas foi colocado em suspensão pelas circunstâncias, não será totalmente explosivo se o prêmio – a ser divulgado nesta quinta-feira, dia 8, às 8 horas, no horário de Brasília – for para um latino-americano, ou, mais provavelmente, para um autor africano.
A única coisa certa é que os últimos três anos foram um escândalo para a Academia Sueca, a instituição que premia o Nobel de Literatura há cerca de 120 anos (foram 116 premiados, apenas 15 mulheres). Em 2017, o marido de uma afiliada foi acusado e depois condenado a dois anos de prisão por abuso sexual, a participação de sua mulher em esquemas de vazamentos de nomes para casas de apostas foi revelada e diversos membros deixaram seus postos na entidade, que foi reformulada.