O setor do tabaco vai questionar os gastos do governo federal na saúde. O entendimento é de que os investimentos estão concentrados somente nas campanhas de combate ao fumo e que não há alertas relacionados ao uso excessivo de outros produtos. O tema será levado para discussão na Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco, no final de março.
Para tanto, o presidente da Câmara Setorial e prefeito de Venâncio Aires, Airton Artus, explica que a ideia é se valer de dados de pesquisas e de experiência na área da saúde. Na sua avaliação, o público não conhece, por exemplo, os riscos de consumir enlatados, embutidos e mercadorias com excesso de gordura e açúcar, além de produtos com agrotóxicos, para ficar em alguns exemplos.
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Também acredita que poderiam ser investidos mais recursos no controle de superbactérias e oferecimento de especialidades, para ficar em alguns exemplos das necessidades da saúde pública no País. Enquanto isso, diz que o governo federal entende que os esforços estão concentrados somente no tabaco. “Precisamos nos preocupar com o desconhecido. O que não se pode controlar, o Estado deveria proteger”, analisou.
COP 7: discussão ainda é incógnita
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A Câmara Setorial ainda pretende mobilizar a Assembleia Legislativa, a Câmara dos Deputados e o Senado durante a conferência. A ideia é que deputados e senadores estejam a par das informações. Em tese, as convenções-quadro deveriam tratar somente de questões ligadas à saúde, mas outros assuntos também entram em pauta. Há algum tempo, por exemplo, havia a suspeita de que pudessem estar ameaçados financiamentos nessa área, o que seria catastrófico para a região.
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