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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Geada desta semana causou estragos no tabaco que já estava na lavoura

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Mudas de tabaco transplantadas nesta semana em Cerro Alegre Alto foram queimadas pela geada que se verificou na quarta-feira

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O produtor rural Giovane Luiz Weber, colunista da Gazeta do Sul, havia anunciado em sua coluna Por Dentro da Safra de terça-feira, 14, a intenção de, naquele dia, começar o plantio de tabaco da safra 2020/21. Seria o pontapé inicial da nova temporada, inclusive se antecipando alguns dias em relação ao plano de plantar a partir de 20 de julho. Com a combinação de umidade, dias quentes e sol intenso nas últimas semanas, as plantas haviam se desenvolvido rápido, e pediam para ir à lavoura. Mas Giovane mudou de ideia quando conferiu, ainda na terça, a previsão de queda brusca na temperatura e de forte geada no dia seguinte. Acertou em cheio.

Weber anunciou na coluna o início do plantio, e estrategicamente voltou atrás. O mesmo não fizeram centenas de produtores, inclusive na localidade em que ele reside, Cerro Alegre Alto, interior de Santa Cruz do Sul. O resultado é que, enquanto as mudas de Giovane e da sua família seguiram protegidas na estufa, nas bandejas, aguardando por momento mais propício, outros agricultores não levaram a sério a previsão da meteorologia.

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Por dentro da safra: começa o plantio do tabaco

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“Conversamos em família, pesamos os prós e os contras, e decidimos adiar o plantio. E fizemos muito bem”, salienta. “Isso só reforça, mais uma vez, que na agricultura nada pode ser levado ao pé da letra, ou que a gente pode seguir muito à risca o planejamento. De uma hora para outra, de um dia para outro, muda tudo.”

O estrago pôde ser visto nas lavouras na manhã de quarta, quando a formação de uma das geadas mais fortes dos últimos anos atingiu as mudas recém-plantadas. Nesse caso, as plantas, ainda frágeis e que não puderam se fixar no novo ambiente, ficaram expostas logo a umidade e frio intenso. “A maioria das mudas queima, ou cozinha de frio, como se diz”, frisa.

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Até mesmo no canteiro, como nesse caso, em Turuçu, as mudas não escaparam do frio

Na região de Santa Cruz, parte das mudas plantadas antes da geada morreu ou terá atraso no crescimento. Os produtores terão de replantar mudas que morreram, ou até replantar toda a lavoura. “O problema é que nem sempre o pessoal se programa para fazer tantas mudas de reserva”, observa. Já a família de Weber, depois de decidir esperar que os dias de frio intenso passassem, agora projeta começar o plantio na segunda-feira, dia 20 – aliás, a data que lá na época da semeadura havia projetado.

“Pensamos em plantar parte nessa semana e concluir na semana que vem. Agora, vamos começar na segunda”, cita. “Mas só vamos plantar se realmente o clima se comportar como anunciado, com sol e temperatura amena.”

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