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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Gente com mania de ler: dicas de obras encontradas na Feira do Livro

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Edição deste ano terá como tema "Como é grande o meu amor pela leitura"

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O centro de Porto Alegre é, novamente, um convite à leitura. Em novembro, a literatura toma conta da Praça da Alfândega. A 65ª Feira do Livro da capital mobiliza autores e leitores desde o dia 1º, com atividades distribuídas ao longo de todo o dia, noite adentro. O evento prossegue até o próximo domingo, dia 17, com intensa programação. Embora mais enxuta em relação a edições mais recentes, a feira tem preservada a sua aura de espaço por excelência para a difusão do saber e da cultura.

O slogan desta edição já sinaliza para o mote inerente ao hábito de ler: “Curiosidade é o que nos move”. E o que move as pessoas é também o que move o mundo, desde sempre. Pelos livros, pela apreciação de obras dos mais diversos gêneros, pela interação entre escritores de diferentes origens e leitores dedicados à mais diversas ocupações profissionais, forma-se o caráter e a personalidade de cidadãos de todas as idades, e novas ideias são colocadas em prática.

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Ao mesmo tempo, a feira se estende para fora da praça propriamente dita, com inúmeras atividades em prédios históricos nas imediações. Uma vez mais, é a curiosidade que move as pessoas em direção a algum atrativo. Sob a coordenação geral da Câmara Rio-grandense do Livro, presidida por Isatir Bottin Filho, o evento oferece literatura geral, internacional, infantil e juvenil, contemplando todas as idades.

A patrona dessa edição é a escritora, professora e contadora de histórias Marô Barbieri, numa sequência de quatro edições em que as mulheres são reverenciadas, ainda com Cíntia Moscovich, a santa-cruzense Valesca de Assis e a poeta Maria Carpi. Ao contrário de edições anteriores, a de 2019 não homenageia um país ou uma região do planeta, embora muitos escritores internacionais estejam confirmados na programação.

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Um livro, uma leitura, um café

A Feira do Livro de Porto Alegre de 2019, em sua 65ª edição, pode até ter encolhido em relação a anos anteriores. E para quem é frequentador assíduo isso obviamente não escapará. Há mais espaço para circulação na praça, seja por conta da diminuição no número de bancas de livreiros, seja em decorrência do recuo que a estrutura como um todo, inclusive a área coberta, apresenta.

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A Praça da Alfândega, com os espaços culturais diversos no entorno, da Casa de Cultura Mario Quintana ao Museu de Artes do Rio Grande do Sul, ao Memorial, ao Santander Cultural e ao Centro Cultural CEEE Erico Verissimo, ou mesmo a extensão da Rua dos Andradas até o Gasômetro, é um convite a um mergulho no universo da capital de todos os gaúchos. Na praça, de banca em banca, a estratégia é reservar-se tempo: tempo para espiar caixas de saldos, ofertas, pontas de estoque. Nesses casos, por valores inferiores a R$ 5,00 garante-se a leitura de clássicos nacionais e internacionais. Basta ter um mínimo de conhecimento sobre o que merece leitura – e o que será efetivamente instrutivo ou agregador. Já nas caixas com livros novos, igualmente saldos de editoras e distribuidoras, há as opções a R$ 10,00 ou R$ 15,00, novamente com excelentes aquisições.

Uma das primeiras medidas a ser tomada pelo visitante é dirigir-se até o balcão de informações, na área central da praça e próximo do espaço de autógrafos, para obter uma revista com a programação diária completa do evento. Assim, selecionando oficinas, bate-papos, palestras ou apresentações conforme o gosto pessoal, o público pode aproveitar mais e melhor as atrações de cada dia. Isso vale tanto para as atividades envolvendo escritores quanto para ações paralelas ou apresentações artísticas. E tudo, naturalmente, gratuito. Depois, com as sacolas de exemplares adquiridos, a pedida é instalar-se junto à mesa de um dos inúmeros cafés no ambiente da praça e desfrutar do clima da primavera.

Aliás, surge então a inspiração da dica para todos os eventos literários, o que inclui a feira do livro de Santa Cruz do Sul: são valiosos os cafés ou espaços de happy-hour e de convívio em pleno ambiente da praça. Nada melhor do que estender o bate-papo entre autores e leitores ali mesmo, no clima da feira, para que a vivência literária e cultural seja completa.

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CINCO DICAS
Que se encontra nas caixas de saldos (a preços entre R$ 10,00 e R$ 15,00)

O rio: uma viagem pela alma do Amazonas, de Leonêncio Nossa, com fotos de Celso Junior. Rio de Janeiro: Record, 2010. 349 p.
Tema: o jornalista Leonêncio Nossa e o fotógrafo Celso Júnior, vinculados ao Estadão, percorrem o Rio Amazonas, da nascente à foz.

Port Mungo, de Patrick McGrath. Tradução de Celso Nogueira. São Paulo: Companhia das Letras, 2006. 261 p.
Tema: menina jovem narra a instabilidade na relação do irmão, a quem sempre admirou, casado com uma mulher muito linda. McGrat, britânico, é autor de romances de sucesso, como Spider, filmado por David Cronenberg.

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Brasília Kubitschek de Oliveira, de Ronaldo Costa Couto. Rio de Janeiro: Record, 2006. 399 p.
Tema: ampla reportagem do jornalista mineiro sobre a decisão de Juscelino Kubitschek de erguer uma nova capital federal nas imensidões do Planalto Central do país, cidade que completa 60 anos em abril de 2020.

O caso do homem que morreu rindo, de Taquin Hall. Tradução de Renato Prelorentzou. Rio de Janeiro: Record, 2012. 331 p.
Tema: romance de tom humorístico do escritor inglês de 50 anos, ambientado na Índia, no qual um detetive é contratado para solucionar o caso da morte de um integrante do chamado Clube do Riso.

Diálogos sem fronteira: correspondência entre Mario Arregui e Sergio Faraco. Tradução de Sergio Faraco. Porto Alegre: L&PM, 2009. 248 p.
Tema: a correspondência trocada entre Mario Arregui, autor de Cavalos do amanhecer, e o gaúcho Sergio Faraco, entre 1981 e 1985, quando o uruguaio faleceu.

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