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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

“Gostava de passear na Rua Marechal Floriano, ir à praça”, lembra futuro embaixador nos EUA

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Nestor Forster (à esquerda): Brasil busca maior aproximação com os Estados Unidos

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Filho de santa-cruzense, Nestor José Forster Junior está perto de se tornar o novo embaixador do Brasil nos Estados Unidos. Após passar, na última quinta-feira, por sabatina no Senado (etapa onde ocorre um debate com perguntas feitas ao indicado para o cargo), o diplomata foi aprovado por unanimidade pela Comissão de Relações Exteriores para assumir o posto. Atualmente, ele é o encarregado de negócios na embaixada.

A indicação pelo presidente veio em outubro, após ele desistir da intenção de ter o filho – o deputado federal Eduardo Bolsonaro – ocupando o posto. Forster ainda precisa passar pelo crivo do plenário do Senado. A votação deve acontecer já na semana que vem. Na tarde dessa sexta-feira, ele concedeu entrevista exclusiva ao jornalista Leandro Porto, da Rádio Gazeta FM 107.9. Forster falou da relação entre Brasil e Estados Unidos e a possibilidade de o país entrar na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

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Filho de santa-cruzense é cotado para ser embaixador do Brasil nos EUA
Comissão do Senado aprova Nestor Forster como embaixador em Washington

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ENTREVISTA

Gazeta: Como o senhor avalia a sabatina realizada no Senado?
Forster: O resultado foi muito bom, com aprovação unânime de 12 votos a zero. Fiquei muito agradecido. Havia uma expectativa que houvesse um bom debate, e foi o que ocorreu. Parece que respondi à altura e mereci essa aprovação. Agora aguardamos a votação no plenário, que deve ocorrer na próxima semana.

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Há expectativa de o Brasil entrar na OCDE? O senhor percebe uma posição do governo americano sobre esse tema?
Não é somente expectativa. Tivemos uma evolução importante, pois o governo americano sinalizou em janeiro ao secretário-geral da OCDE, em Paris, o firme compromisso de apoiar o Brasil como candidato prioritário a iniciar o processo de ascensão à OCDE. É um processo complexo, não é como assinar uma ficha em um clube, pois demanda uma série de negociações. Nosso interesse é começar o quanto antes essas negociações para promover uma disciplina e uma normativa em termos de atração de investimentos estrangeiros e geração de emprego no Brasil.

É comum a alegação de que o governo Bolsonaro tem uma posição de submissão em relação ao governo Trump. Como o senhor percebe isso?
As pessoas que desgostam do governo podem criticar e dizer o que quiser. Só é necessário ver a realidade e se os fatos embasam essa descrição. Quando falam em alinhamento automático, eu costumo esclarecer que de fato existe um alinhamento, que é uma aproximação entre os dois países, e isso está sendo buscado. O Brasil passou muito tempo distante dos Estados Unidos e perdemos muito com isso, seja em investimentos, criação de oportunidades para exportações brasileiras, acesso ao maior mercado do mundo, que é o americano, à tecnologia, maior cooperação na área de defesa, entre outras. Isso tudo está sendo revertido e estamos tentando buscar uma maior cooperação nessas áreas de forma ampla. Agora, quando fala em automático, dá impressão de que é possível fazer isso de forma mecânica, com os americanos tomando uma decisão e o Brasil imediatamente aplaudir. Isso não é possível de fazer por um razão muito simples: são países muito grandes, com agenda muito complexa e com uma infinidade de temas em negociação. Costumamos falar de comércio e defesa, mas existe cooperação para a ciência, tecnologia, área espacial, e isso tudo extrapola, vai para as relações sociais com a quantidade de estudantes que buscam universidades americanas, e assim ao contrário, com os turistas que visitam os países. São 2 milhões de brasileiros que vão para lá e meio milhão que vem para cá por ano, e esse número (de visitantes ao Brasil) vem crescendo muito após a abolição dos vistos. Então existe uma imensa agenda que não é possível sincronizar de forma mecânica. Essa é uma imagem muito pobre para descrever algo que é muito mais complexo e rico.

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Qual a sua relação com Santa Cruz do Sul e as lembranças que possui de quando vinha à cidade?
Eu tive uma relação muito próxima com Santa Cruz do Sul na minha infância e adolescência. Quando menino, dos 6 aos 14 anos, passava o verão com meu avô e minha avó aí e foram momentos muito agradáveis. Gostava de passear na Rua Marechal Floriano, ir à praça, tomar sorvete, ver uma banda tocando. São excelentes recordações de uma experiência riquíssima. Lembro ainda que meu avô tocava trompete em bandas de baile e essas são imagens que levo comigo ao longo da vida. Ainda possuo relação com a cidade por meio da minha madrinha Clarisse, meus primos Judi e Marcos e outros parentes.

A entrevista completa com Nestor José Forster Junior você pode conferir no programa Rede Social de segunda-feira, a partir das 13 horas, na Rádio Gazeta FM 107,9, com apresentação de Leandro Porto e Maria Regina Eichenberg.

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