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Governo apresenta projeto que inclui educação como critério de rateio do ICMS

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Proposta possibilita que indicadores ligados ao desempenho em educação sejam incorporados ao cálculo de divisão do ICMS no RS | Foto: Gustavo Mansur / Palácio Piratini

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Após lançar o Avançar na Educação, plano de ações e investimentos de R$ 1,2 bilhão para obras e qualificação do ensino no Rio Grande do Sul, o governo do Estado apresentou, nessa quarta-feira, 20, o projeto Educação no ICMS. A proposta altera os critérios de repartição do imposto com os municípios, permitindo que indicadores ligados ao desempenho em educação sejam incorporados ao cálculo de divisão do ICMS no Estado.

As duas iniciativas têm em comum o objetivo de garantir aprendizagem de qualidade para todos de forma inclusiva e equitativa no Rio Grande do Sul, considerando principalmente a recuperação da aprendizagem pós-pandemia e a qualificação do ensino público gaúcho. “Queremos que, por meio da divisão do que o Estado arrecada e que repassa para os municípios, possamos, todos juntos, colocar o foco no ensino, em melhorar a aprendizagem, principalmente no pós-pandemia. Afinal, a educação é tarefa de todos. E essa mudança na legislação ajudará a promover um alinhamento de esforços em torno da educação, na medida em que deixa claro que o Estado e os municípios têm parte relevante em ampliar a qualidade do ensino e aumentar a aprendizagem, melhorando a produtividade que precisamos para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul”, destacou o governador Eduardo Leite.

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“Já está provado que a educação é diretamente corresponsável pelo desenvolvimento econômico e pela produtividade, mas não é qualquer educação. Essa é a diferença. Tem de ser uma educação pautada na ciência, que olhe para os problemas reais e busque respostas na ciência, como estamos fazendo com o Avançar na Educação e, agora, com o ICMS. Só assim vamos mudar o patamar de olhar e fazer educação”, afirmou a secretária da Educação, Raquel Teixeira.

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Secretária Raquel Teixeira disse que “está provado que a educação é diretamente corresponsável pelo desenvolvimento econômico” | Foto: Gustavo Mansur / Palácio Piratini
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Atualmente, os Estados distribuem 25% do ICMS arrecadado aos municípios. Desse total, o índice transferido às prefeituras seguia o seguinte critério de composição:

A proporção foi alterada na Constituição Federal pela emenda, devendo as legislações estaduais serem obrigatoriamente adaptadas para ficar da seguinte maneira:

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Para absorver o novo critério educacional no cálculo do rateio, será preciso reduzir os percentuais usados atualmente dentro dos critérios do Índice de Participação dos Municípios (IPM), indicador utilizado para distribuir a arrecadação do ICMS entre as 497 cidades gaúchas. “Foi um trabalho longo, feito a muitas mãos, em que procuramos estruturar a melhor metodologia de cálculo, justa e, ao mesmo tempo, simples, compreensível, para que faça sentido e impacte efetivamente na educação”, disse o secretário da Fazenda, Marco Aurelio Cardoso. Por fim, serão incluídos dois novos índices, o Índice Municipal de Ensino do Rio Grande do Sul (Imers) e a Participação no Rateio da Cota-parte da Educação (PRE).

Secretário da Fazenda, Marco Aurelio Cardoso disse que trabalho foi feito para haver impacto efetivo na educação | Foto: Gustavo Mansur / Palácio Piratini

“Foi um trabalho longo, feito a muitas mãos, em que procuramos estruturar a melhor metodologia de cálculo, justa e, ao mesmo tempo, simples, compreensível, para que faça sentido e impacte efetivamente na educação”, disse o secretário da Fazenda, Marco Aurelio Cardoso. Por fim, serão incluídos dois novos índices, o Índice Municipal de Ensino do Rio Grande do Sul (Imers) e a Participação no Rateio da Cota-parte da Educação (PRE).

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Índice Municipal de Ensino do Rio Grande do Sul (Imers):

Participação no Rateio da Cota-parte da Educação (PRE):

Pela proposta apresentada, o primeiro ano de transição será efetivado com a redução imediata de 10% no critério do Valor Adicional Fiscal (VAF) – de 75% para 65% no primeiro ano – com a adição escalonada de participação da educação a partir da redistribuição dos demais critérios existentes no IPM, até chegar à redistribuição dos últimos 7%, totalizando os 17% do projeto de lei.

A proposta é de que os novos índices sejam aplicados de forma efetiva sobre os critérios de repartição do ICMS a partir de 2024, com uma transição escalonada até 2028. “Abrimos desde o ano passado uma discussão com a Famurs, nos reunimos diversas vezes com eles, com técnicos, com os prefeitos, e chegamos a bom termo e já apresentamos algumas simulações. O problema é que, como o critério vai contemplar a evolução, não tem como fazer a simulação assertiva, totalmente fundamentada, porque não temos evolução através de provas do Estado para avaliar e demonstrar claramente qual será o efeito para os municípios. Então, fizemos estimativas de impactos, apresentamos aos municípios e conseguimos construir com eles o entendimento de que é importante e positivo para o Estado que a educação entre como um critério”, concluiu o governador. A ideia é que, com o texto em regime de urgência, o projeto de lei seja aprovado ainda neste ano, para dar sequência à iniciativa e cumprir o cronograma estimado.

Exigências antes da implantação

Após apreciação na Assembleia Legislativa, o projeto ainda depende de fatores operacionais para entrar em vigor, como a organização do Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Rio Grande do Sul (Saers). A previsão é de que as novas regras sejam aplicadas de forma efetiva sobre os critérios de repartição do ICMS a partir de 2024, com uma transição escalonada até 2028. No caso dos novos indicadores de educação, o percentual teria início em 11,4% em 2024, para atender à Emenda Constitucional 108, aumentando proporcionalmente por ano até chegar aos 17% em 2028, respeitando as regras de transição previstas na Constituição Estadual.

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