O governo procurou passar a mensagem de que a demanda dos caminheiros está atendida e de que a situação está voltando à normalidade, mas o fato é que evitou fazer qualquer tipo de projeção sobre quando, afinal, a greve terá fim. Em coletiva de imprensa realizada no Ministério da Defesa, o ministro Joaquim Silva e Luna afirmou que não iria “inaugurar nenhuma promessa” sobre um prazo para a situação do País voltar ao normal, após mais de uma semana de paralisação dos caminheiros. “Vamos apresentar a parte cheia do copo, não aquilo que está sobrando”, disse.
O detalhamento da “parte cheia do copo” ficou a cargo do almirante Ademir Sobrinho, chefe do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas. De acordo com Sobrinho, a situação do abastecimento dos aeroportos do País e dos serviços públicos essenciais, como saúde, segurança pública e energia, está próxima de ser regularizada. “Os insumos para saúde são prioridade. A partir de amanhã (terça-feira) vamos garantir fluxo regular para insumos básicos de saúde”, comentou.
Sobre as manifestações que permanecem nas ruas, o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Renato Dias, afirmou que o número de protestos no País “estabilizou”. As estradas federais somavam 594 aglomerações até as 16 horas desta segunda-feira, 28, segundo o balanço da PRF. Agentes da polícia liberaram 742 rodovias federais desde o início do decreto do governo, o qual autorizou o uso das Forças Armadas em apoio às operações. “Já foram realizadas 386 escoltas para garantir abastecimento, que garantiram entrega de 14,760 milhões de litros de combustíveis”, disse.
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Segundo a PRF, o serviço de inteligência da polícia está mobilizado para identificar “falsos líderes” que teriam se infiltrado nas manifestações, com interesses políticos. O governo admitiu, porém, que até o momento não houve nenhuma prisão de manifestantes com essas intenções.
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Renato Dias disse que a PRF foi orientada a garantir a “total segurança” dos caminhoneiros, para que estes possam retornar às suas atividades, mas admitiu que até agora não houve nenhum tipo de resistência que impedisse os trabalhadores de voltarem ao trabalho.
Segundo o diretor-geral da PRF, a orientação dos agentes que estão em campo é autuar qualquer caminhão que esteja parado irregularmente em acostamentos ou faixas das estradas. “Já emitimos R$ 3 milhões em multas contra caminhoneiros nessas situações. Estamos apenas cumprindo a lei”, comentou Dias.
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