Hoje decorrem 102 anos da grande enchente de 1919, que praticamente destruiu o então povoado de Sinimbu, 4º distrito de Santa Cruz. A chuvarada matou três pessoas e centenas de animais, arrasou lavouras e causou prejuízos materiais incalculáveis.
O leitor Fernando Hennig (Caffeehaus) guarda reportagens e um acervo de fotos da tragédia. Segundo o jornal Kolonie, a chuva começou na noite anterior e acentuou-se na manhã do dia 22 de novembro (sábado). De forma rápida, a água começou a descer dos morros, transformando córregos e arroios em rios caudalosos. A enxurrada espalhou-se com força, levando árvores, pedras, animais e barro.
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A alfaiataria de Antônio Becker, a sapataria de Henrique Bohre, a marcenaria de Henrique Neitzke, a farmácia de Arno Neumann, o armazém de Bernardo Fischer, enfim, nada escapou. Na cooperativa, 6 mil arrobas de tabaco foram destruídas.
Emílio Swarowsky tentou salvar alguma coisa da sua selaria, mas foi levado pela correnteza. Madalena, esposa do alfaiate Becker, lutou para resgatar alguma coisa, mas uma onda arrebentou a porta e derrubou a casa. Seu corpo foi encontrado a 500 metros de distância.
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Bertholdo jogou-se na água, erguendo o filho com uma mão e nadando com a outra. Por infelicidade, suas pernas ficaram presas em ramos de uma parreira e o bebê caiu na correnteza. Apesar das buscas, o corpo nunca foi localizado. Até hoje, moradores ainda lembram dessa tragédia.
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