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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Há motivos por quê?

Há uma semana fui surpreendido pela perda irreparável de um aluno, sob circunstâncias estarrecedoras. Terror, incredulidade e dor foram minhas reações iniciais. Mas não fui só eu. Todo o corpo docente do Curso de Medicina da Unisc, seus alunos e funcionários na totalidade ficaram em choque. Minha reação transcendeu as linhas da empatia. O sofrimento não era do outro. Era meu e de todos ao meu redor.

Quando algo tão inexplicável e inesperado acontece, nossa primeira reação é tentar encontrar a causa que leva alguém tão jovem, benquisto, bonito e cheio de vida a cometer tão atroz ato contra si. O que de tão grave levaria alguém a tirar o que há de mais precioso, a vida?

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Desde que o mundo é mundo, convivemos com o suicídio. E continuaremos assim. O que assusta são as estatísticas crescentes desse gravíssimo problema de saúde pública. Se não podemos erradicar, devemos procurar entender e identificar que fatores aumentam o risco e quais fatores podem reduzir a chance desse desfecho trágico acontecer. Talvez pouco importe o motivo. Isso só interessa para quem fica. O que devemos buscar é que isso aconteça o quanto menos possível.

É importante salientar que não há receita infalível contra o suicídio. E ninguém, eu disse ninguém, é totalmente imune a essa doença. Mas conhecemos algumas coisas que nos protegem. Amor é a mais importante delas. Desde bem pequeno, fortalecendo nossa estrutura de personalidade e nos dando força para tolerar as adversidades da vida. É o amor que nos ensina que não estamos sós e podemos contar com o suporte daqueles que nos amam. E não basta amor a distância ou amor material, tem que ser amor na presença, nas alegrias e tristezas. Ficar longe das drogas, sejam elas licitas ou ilícitas, reduz o risco de suicídio. Participar de grupos sociais produtivos, seja estudando, trabalhando ou auxiliando outras pessoas, é salutar. 

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