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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Há vida depois dos 50

Alguns amigos – na verdade muitos – andam incomodados com algumas postagens em que trato da finitude da vida. Dizem que virei um velho ranzinza, pessimista e conformado com a proximidade do ocaso. Acho normal. Democracia é liberdade de manifestação, de opinião, de pontos de vistas diferentes. É da discussão civilizada que nascem as ideias. Diferente da troca de ofensas das redes (anti) sociais.

Chegar aos 58 anos – às vésperas dos 59 – tem vantagens, acredite. Uma delas é antecipar algumas reações e resultados. Empreendo um grande esforço ao ver amigos menos experientes tomados pela euforia que sei, de antemão, que terá desfecho muito diferente da expectativa criada. Evito desanimar as pessoas diante do otimismo exacerbado que muitas vezes leva à decepção.

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– Deveríamos viver duas vezes. Na primeira, a gente aprendia os “segredos do bem viver”. Na segunda, viveríamos a plenitude das coisas. Mas qual seria a graça de saber a resposta para tudo com antecedência? – repetia.

Viver é tentativa e erro. Um aprendizado permanente, não importa a idade. Todos os meus colegas de trabalho são mais jovens. Brincam com minha condição de semi-idoso – expressão que cunhei – desde o dia 8, quando passei a ser “aposentado de papel passado”.

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Com os filhos e os jovens à volta me abasteço de energia. Também “sugo” otimismo quando o desânimo bate forte, naqueles momentos em que gostaria de morar na praia, acordar tomando chimas e vendo as ondas quebrando na areia.
Quando somos jovens, é difícil acreditar que na maturidade ainda há mistérios a desbravar, gente boa para conhecer e vitórias a conquistar. Aos amigos preocupados com minhas recaídas depressivas aviso que continuo acreditando. Na vida e nas pessoas.

 

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