O Partido dos Trabalhadores nasceu e cresceu sob expressiva influência e participação sindical, azeitada e substanciada com a participação de intelectuais. Com um discurso ético, moralizante e socialmente comprometido.
No decorrer das diversas eleições, conquistou postos parlamentares e executivos em todo o Brasil. E, finalmente, a presidência da república. Então, começou seu calvário. Afinal, a realidade e a matemática se sobrepuseram ao discurso fácil e populista. Humildade e democracia nunca foram suas virtudes, apesar do insistente discurso nesse sentido. Ética e honestidade, repetiam refrões como um mantra. Pura retórica.
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Hoje, face ao julgamento do ex-presidente Lula – réu em outros processos, as pessoas se surpreendem com o discurso e a desenvoltura dos lulopetistas, que desafiam a realidade e fatos incontestáveis. Qual a novidade?
Relembremos o passado. Todos os presidentes e governadores de outros partidos sofreram forte oposição. A frase mais comum: Fora, Sarney. Fora, Collor. Fora, Itamar. Fora, FHC. Fora, Yeda. Fora, Sartori. Fora, todos!
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Salvo seus “satélites”, quem se aliou formalmente ao PT em alguma eleição não o repete na eleição seguinte. Resumindo: o PT é um partido hegemônico. Não tolera divergências. Pretende a dominação total.
Sua influência sistêmica nos sindicatos, nas ONGs, na igreja católica e nas universidades é um retrato e confirmação das teorias do filósofo italiano Antonio Gramsci (1891-1937) acerca do conceito de hegemonia cultural.
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Não à toa que há inúmeros depoimentos entre petistas acerca dos seus próprios erros. Erros? Sim, para intensificar e radicalizar a permanência do poder importa dominar também a imprensa, as Forças Armadas e o Poder Judiciário. Mas essas falhas não se repetirão quando voltar ao poder. Isso se chama hegemonia ideológica!