Quem passou pela Rua Marechal Floriano nos últimos dias deve ter percebido o colorido diferenciado em alguns pontos da calçada. Nesses locais, bem como em frente a supermercados da cidade, índios produzem e comercializam artigos voltados à Páscoa. São principalmente cestas, balaios, chaveiros, enfeites e buquês de macela, que nesta época proporcionam uma renda extra para essas famílias.
Vindo especialmente para realizar vendas de Páscoa, o grupo é de Kaingangues oriundos do Toldo Indígena de São Valério do Sul, cidade do noroeste do Estado. Lá, vivem da agricultura. Antes de sair da comunidade, que possui hoje 1.260 pessoas, eles buscam a autorização do cacique para a jornada. Neste ano, vieram sete famílias, que estão em Santa Cruz do Sul desde a semana passada.
Virgílio Camargo, de 54 anos, veio com a esposa, filho e dois netos, pela terceira vez. Ele conta que, quando chegam, procuram o poder público para que tomem consciência de sua presença e ainda os auxilie, como possível, na sua estada. Assim, conseguem hospedagem no albergue do município.
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