Cultura e Lazer

Instalação Fitas e Frestas destaca a cultura negra na Casa das Artes

A Casa das Artes Regina Simonis recebeu, no sábado, 10, a instalação artística Fitas e Frestas: Conexão e Potência Negra. A iniciativa integrou a terceira edição da Conexão 4Black e foi idealizada pela embaixadora do movimento, Sara Ester Paes, com o objetivo de lançar luz – por meio da arte – sobre a história e as dificuldades enfrentadas pelo povo negro. A exposição teve entrada gratuita e ficou disponível para todos os públicos, das 10 às 15 horas. À noite, houve uma comemoração no Quiosque da Praça à Brasileira.

“É um momento de festejar e de mostrar não só as nossas dores, mas também as nossas alegrias. Aquilo que foge da dor e do preconceito”, afirma Sara. A instalação artística foi elaborada in loco pelo artista Digo Tibano, em uma das paredes internas do prédio, e contou com curadoria de Henrique Gonçalves, Lisiane Syperreck e Riele Kraether. “As pessoas que vêm aqui saem impactadas, e esse é o propósito: que elas possam se enxergar e se reconhecer aqui dentro”, acrescenta.

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As fitas presentes na obra também foram distribuídas aos visitantes e continham um trecho da música A carne mais barata do mercado é a carne negra, de Elza Soares. “Essa é a mensagem que queremos passar: de transformação, união, encontros e também potencialidades”, disse. Sara enfatiza ainda a importância de levar o movimento negro para dentro da Casa das Artes Regina Simonis, um dos ambientes mais nobres e tradicionais de Santa Cruz do Sul.

“O comum é nos negarem espaço, então estamos abrindo novos espaços e indo onde nos abraçam. Estar aqui dentro também é uma forma de mostrar que pertencemos a esse lugar”, afirma a embaixadora. A mesma visão é compartilhada por Carolina Knies, presidente da Associação Pró-Cultura de Santa Cruz do Sul, mantenedora da Casa das Artes. “A nossa gestão, desde o início, busca democratizar a arte e mostrar que ela é um catalisador de cultura, bem como evidenciar que esse espaço é para todos”, pontua.

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Ainda conforme Carolina, é a primeira vez que o local recebe uma instalação artística – uma obra de arte que utiliza o espaço como elemento fundamental para a imersão do espectador. “É um conceito novo para nós, e muito importante para trabalhar a formação do público, ensinar às pessoas o que é uma instalação e criar repertório para a nossa comunidade.”

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Iuri Fardin

Iuri Fardin é jornalista da editoria Geral da Gazeta do Sul e participa três vezes por semana do programa Deixa que eu chuto, da Rádio Gazeta FM 107,9. Pontualmente, também colabora nas publicações da Editora Gazeta.

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