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Interesse por carros já rivaliza com sonho por motos no interior

Ao completar os tão aguardados 18 anos em 1992, o agricultor Ivanir Gilnei Müller não teve dúvida: deu um jeito de realizar o seu “sonho de metal” e comprar a primeira motocicleta da sua vida. Desde lá, a propriedade cresceu, a família também, mas a predileção pelas motos não arrefeceu. “Gosto de andar de moto pelo interior. É mais econômica, tem mais mobilidade e dá mais liberdade”, afirma. Hoje, com quatro décadas de vida, a paixão segue a mesma. “Resolvo tudo com minha moto de 150 cilindradas”, complementa.

A tradição, que já passou de pai para filho entre os Müller, ainda é forte no interior de Santa Cruz do Sul. No entanto, é cada vez mais comum ver as motos, praticamente soberanas até anos atrás, dividindo espaço com carros novos, semi-novos e usados cortando as estradas de chão, levantando poeira e ajudando a mover a economia local. Entre as revendas de veículos esta profunda mudança de hábitos de consumo tem sido observado com força, sobretudo nos últimos cinco anos.

“Quando comecei, vendia exclusivamente motos. Com o tempo, os carros foram virando ganhando espaço e hoje são o nosso produtos mais vendido”, afirma Fabrício Bauermann, dono de uma revenda em Monte Alverne. A mudança de hábito dos agricultores pode ser facilmente medida em números. “No início eu vendia de 25 a 30 motos por mês, e uns sete ou oito carros. Agora, são 40 ou 45 carros, e sete ou oito motos. As coisas se inverteram”, explica.

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