Internacional ganha confiança para buscar classificação na Libertadores

O Internacional venceu o Nacional por 2 a 0 e se aproximou da classificação às oitavas de final na Copa Libertadores. Para avançar, basta empatar em casa diante do Bahia na última rodada. Para ser líder do grupo F, será necessário torcer por um tropeço do Atlético Nacional diante do Nacional.

O técnico Roger Machado acredita que o aspecto mental foi peça fundamental para a vitória em Montevideo. “Trabalhamos a tranquilidade e evitar que o grupo se contaminasse com o externo. Porque de uma hora para outra o treinador deixou de ser competente, os jogadores deixaram de ser bons, que o grupo era insuficiente, mal precificado. Tivemos um dia e meio para nos prepararmos, especialmente com a autoestima. Mas não só ligado ao perder e ganhar, porque isso é uma gangorra. Era uma busca de confiança de que já fizemos bem”, explicou.

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Roger também celebrou o rendimento positivo com três volantes: Fernando, Thiago Maia e Bruno Henrique. “A estratégia funcionou. Se olharmos o número da camisa e a posição, vão ser três volantes. Mas o treinador precisa olhar a característica e a estratégia, então para mim são meio-campistas. Reencontramos o equilíbrio”, analisou.

O treinador apostou em Ricardo Mathias como centroavante e o garoto anotou o primeiro gol na vitória. “Deixamos claro que a responsabilidade era minha, tinha de ser o suporte para que ele pudesse jogar. O que frisei foi que não era a oportunidade da vida, que era um jogo de vida ou morte. Era uma chance em um jogo importante, que se sentisse tranquilo e pudesse contribuir com dedicação”, declarou. O jogador de 18 anos falou sobre o gol. “Ele (Roger) me avisou antes do almoço que queria 100% de todo mundo hoje e que iria me dar essa oportunidade. Eu pude ser muito feliz ali, ter correspondido no campo. Depois fui dar um abraço nele e agradecer pela oportunidade”, resumiu.

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Roger Machado aproveitou para questionar o que chamou de turbulência por conta do momento instável da equipe. “Os trabalhos no futebol brasileiro vão passar por instabilidades. Por vezes, o que me surpreendo são nesses momentos o ambiente externo buscar logo como solução a troca do treinador e a pressão de fora para dentro. Nosso ambiente nunca foi de questionamento do trabalho ou falta de confiança”, sublinhou. “Voltamos a vencer depois de três jogos de derrota. Três jogos e olha a turbulência! Dá para refletir como abordamos determinados assuntos. Reclamamos muito do futebol brasileiro, que na minha opinião pode ser a melhor liga do mundo, mas precisamos elevar o nível da discussão que vem de fora”, complementou.

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