A Itália voltou a registrar um recorde no pedido de asilos ou refúgios de imigrantes em 2016, com 123 mil solicitações, informou o presidente da Comissão Nacional para o Direito de Asilo, Angelo Trovato, nesta terça-feira, 31.
O número é 41% maior do que o registrado em 2015 e segue apresentando alta desde 2013, quando a crise migratória começou a afetar a Itália. Há quatro anos, foram 26 mil pedidos, que aumentaram para 64 mil e 83 mil em 2014 e 2015, respectivamente.
Publicidade
De acordo com Trovato, o alto fluxo de pedidos está fazendo com que o sistema “sofra” para normalizar a situação, já que as 28 seções de Comissão Territorial para Asilo estão enfrentando um “aumento de problemas, sobretudo onde é necessária a presença de homens da força policial”.
“E assim ao invés de fazer de quatro a cinco audiências por dia, esse número caiu para três. Em 2017, já registramos uma queda de 10% nos pedidos examinados e isso é preocupante”, acrescentou Trovato em uma sessão com parlamentares.
Publicidade
Outros 21% receberam o direito ao asilo humanitário e 56% dos pedidos foram negados pelas autoridades italianas. De acordo com o presidente da comissão, o tempo médio de exame entre 2014 e 2016 foi 257 dias, em um número que mostra uma aceleração do processo.
Em 2014, eram necessários 347 dias para a análise, em 2015 outros 261 dias e no ano passado cada solicitação demorava 163 dias para dar uma resposta. “Somos o segundo país europeu, atrás da Alemanha, em número de pedidos examinados”, concluiu Trovato. Em 2016, a Itália voltou a ser o país europeu que mais recebeu imigrantes pela rota do Mar Mediterrâneo, tendo registrado a entrada de 181 mil pessoas.
Publicidade