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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Jardel é investigado por suspeita de corrupção e é afastado da Assembleia Legislativa

O Ministério Público está investigando o deputado estadual Mário Jardel (PSD). O parlamentar e ex-jogador de futebol é suspeito de desviar verbas da Assembleia Legislativa do Estado, além de exigir parte do salário dos funcionários fantasmas. Por isso, Jardel foi afastado do cargo por 180 dias. 

As investigações tiveram início após denúncia de um dos assessores de Jardel. O Ministério Público realizou buscas nesta segunda-feira, 30, no gabinete do deputado e no apartamento dele, em um bairro da zona nobre de Porto Alegre, além de outros seis endereços. O informante e ex-funcionário de Jardel repassou informações acerca as fraudes aos promotores. A autorização da Justiça para acesso a escutas telefônicas também ajudou a comprovar o esquema. 

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Durante as investigações foram detectadas diversas diárias de viagens e indenizações por utilização de veículo irregulares. Uma delas foi para Santana do Livramento. Jardel, a mãe, o irmão e um assessor foram até Rivera, no Uruguai, onde se hospedaram no Hotel Rivera Cassino & Resort. No entanto, a AL recebeu comprovações de que o deputado e outros quatro assessores ficaram no Hotel Glória, em Santana do Livramento, entre 27 e 30 de agosto. Foram pagas diárias no valor de R$ 2.061,12 para Jardel e R$ 4.637,52 para os assessores. Também foi solicitado ressarcimento para dois veículos, mas foi comprovado que apenas um automóvel foi utilizado na viagem e retornou um dia antes do informado à AL.

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Entre os dias 21 e 26 de setembro, foram pagas diárias de viagem a dois assessores no valor de R$ 2.738,32 para a permanência nas cidades de Tramandaí, Torres, Cidreira, Capão da Canoa, Terra de Areia, Balneário Pinhal e Três Forquilhas. A viagem foi determinada porque Jardel precisava de mais diárias para pagar outra parcela do aluguel da casa do irmão e da mãe. Nesse caso, os funcionários sequer estiveram nos locais. 

Houve ainda uma viagem para Santo Augusto, entre 30 de outubro e 2 de novembro. Os documentos apresentados para o Parlamento apontam que Jardel, acompanhado de um assessor, visitou a Apae da cidade e participou de cultos na Igreja Assembleia de Deus, além de encontros com a comunidade local para o recebimento de demandas. Foi destinado R$ 1.766,67 para Jardel e R$ 961,67 para o assessor. Só que, na verdade, Jardel retornou para Porto Alegre um dia antes, já que seu carro foi flagrado pelas câmeras da EPTC e seu telefone estava georreferenciado na Capital pelas antenas de telefonia. 

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O procurador-geral, Marcelo Dornelles, explica que será possível denunciar o parlamentar pelos crimes de concussão, peculato, lavagem de dinheiro e, talvez, por tráfico de drogas.


Jardel foi afastado do cargo por 180 dias
Foto: Ministério Público/Divulgação

Tráfico

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