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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Johannes Marschke defende retomada da Böhmerfest em Linha Isabel

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Moradores das localidades na Böhmerfest de 2014: atos culturais aconteciam com o envolvimento das comunidades do entorno

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Em 2005, o alemão Johannes Marschke, natural da cidade de Doberlug-Kirchhain, distrito de Elbe-Elkster, em Brandemburgo, na Alemanha, veio pela primeira vez ao Rio Grande do Sul. Na ocasião, visitou regiões de colonização germânica no Estado, de cuja existência até então tinha pouco conhecimento, bem como soube da imigração dessa etnia para todo o Sul do Brasil. E a partir dos contatos com lideranças e entidades, conheceu um movimento de preservação de tradições boêmias em Linha Isabel, região serrana de Venâncio Aires, esforço que logo conquistou a sua simpatia.

Marschke soube da realização mensal, na localidade, dos Böhmerkreis, encontros de descendentes de boêmios, bem como da Böhmerfest, a festa dos boêmios, em janeiro, em alusão aos imigrantes oriundos da Boêmia e da vizinha Schlesier, isto é, da Silésia. Os atos culturais eram conduzidos por Elidio Ludwig e envolviam comunidades do entorno. Como tais festividades não ocorreram mais, já sem a liderança referencial de Ludwig, falecido em 2019, Marschke, em visita à Gazeta do Sul, defendeu a sua continuidade e busca articular uma forma de efetivá-las.

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Marschke entende que o movimento dos Böhmerkreis e da Böhmerfest deveria ser retomado e preservado, e propõe que Ernani Seibt, presidente do grupo da terceira idade na localidade, e primo de Flávio, empenhe-se em dar sequência às festividades de Linha Isabel. “Quem sabe as festas possam ser realizadas ainda por muitos anos. Espero que sempre haja auxiliares dispostos, e que a comunidade se dê conta do enorme valor dessas tradições”, frisa. “Isso não pode e não deve ser perdido.”

Desde 2005, Marschke vem ao País e região e, atualmente, sua estada se estenderá por três meses, entre dezembro e fevereiro. Estabeleceu-se em Lajeado e, de lá, circula por diversos municípios, incluindo Santa Cruz. Aposentado, 65 anos, na Alemanha atuava como gerente de rede de supermercados. Viera ao Brasil pela primeira vez em 1996, estimulado por uma tia-avó, já falecida, que era missionária da Igreja Católica em Minas Gerais.

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