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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Judiciário no “mundo da lua”

A expressão “estar no mundo da lua” é antiga. Significa estar fora da realidade, com o pensamento em outro ponto. Sem dúvida, é a situação do Poder Judiciário, com o perdão antecipado pela generalização. Mas, como não generalizar se as notícias nacionais dão conta de afirmações e comportamentos típicos de quem está fora da realidade. 

Comecemos pelos membros do Supremo Tribunal Federal (STF), que não cansam de tagarelar fora dos autos processuais, vulgarizando opiniões que deveriam guardar para momentos importantes dos processos judiciais. Com especial destaque aos ministros Gilmar Mendes e Marco Aurélio Mello, que quanto mais falam fora dos autos, mais denigrem o próprio currículo. 

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Mais: judicialmente ordenam tarefas e despesas extras aos municípios e ao estado, sem lhes indagar acerca das eventuais razões e dificuldades administrativas, assim como indisponibilidades financeiras. É a demagogia político-ideológica fazendo escola no Judiciário. 
Faz alguns dias, assumiu o novo presidente do Tribunal de Justiça gaucho. Qual sua fala mais veemente? “– (…) a defesa do Poder Judiciário será incondicional, visando à manutenção da independência e da autonomia,(…), sem que sofra com as ações que visam à sua fragilização ou apequenamento”. 

Dito em outras palavras, sem rodeios corporativos e figuras de linguagem (não se trata de fragilização e apequenamento), é como se a solução da crise das finanças públicas do RS fosse responsabilidade exclusiva do Poder Executivo. É, mais ou menos, como se um único membro devesse pagar as contas de toda a família, sem que os demais membros fizessem as necessárias adequações de seus gastos, em justo e solidário compartilhamento das dificuldades.

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Ao menos, pois, mantenham as aparências. Afinal, se não é auxílio-moradia, como de fato não é, deveriam, então, ao menos pagar o imposto de renda devido!

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