Faltando apenas três dias para o fim de julho, o mês registrou somente 11% do volume de chuvas esperado. A média histórica é de 125 milímetros. No entanto, em quase 30 dias, choveu apenas 14 milímetros, conforme medição em Rio Pardo. E até a próxima segunda, esse acumulado não deve aumentar. A próxima instabilidade está prevista para chegar ao Estado entre terça e quarta-feira, acumulando em torno de 30 milímetros.
Neste sábado e domingo, o padrão climático deve permanecer igual ao da última semana. O tempo firme é causado por um bloqueio atmosférico que atua sobre o Rio Grande do Sul. Conforme a análise do Instituto Metsul Meteorologia, uma massa de ar seco está impedindo o avanço de frentes frias e o vento norte colabora para a sensação de calor.
Publicidade
Até agora, conforme o gerente técnico da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Paulo Vicente Ogliari, 5% do total de mudas foi transplantado para as lavouras. Segundo ele, esse ainda não é o período ideal, pois ainda há a possibilidade de ocorrência de geadas. “Aqueles que estão transplantando estão molhando a muda, o que aumenta a mão de obra”, explica.
A agricultora Silma Hoff, da localidade de Linha Sítio, interior de Vera Cruz, transplantou 20 mil pés de tabaco para a lavoura na segunda e terça-feira e ainda não precisou molhá-los. Conforme ela, a cerração do início da manhã – que, por vezes, dura até o meio-dia – colabora para a manutenção da umidade do solo. “O tabaco até está meio murcho, mas a terra, por baixo, está úmida”, observa.
Silma, produtora de tabaco de Vera Cruz: cerração colabora para manutenção da umidade do solo
Foto: Rodrigo Assmann
Publicidade