Saúde e Bem-estar

Junho Lilás reforça a importância do teste do pezinho em recém-nascidos

O Junho Lilás é um mês voltado para a conscientização da importância do teste do pezinho. Realizado a partir de gotas de sangue coletadas do calcanhar do recém-nascido entre o terceiro e o quinto dia de vida, o exame permite diagnosticar conclusivamente sete doenças graves raras. No último ano, 83.342 bebês (74,6% das 111.681 crianças nascidas no Rio Grande do Sul) realizaram o exame pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Foram diagnosticados 86 casos desses agravos. Os demais (28.339) fizeram o teste na rede privada.

As coletas são realizadas nas unidades da atenção primária do SUS em todos os 497 municípios do RS. Em seguida, são enviadas para a análise no serviço de referência do HMIPV. Por meio do exame, é possível identificar as seguintes doenças: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, doença falciforme, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita, deficiência de biotinidase e toxoplasmose congênita. O diagnóstico ágil permite que o tratamento seja iniciado em até 15 dias. 

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Conforme explica a enfermeira Jeanice Cardoso, da Divisão de Saúde da Criança da SES, se o diagnóstico for precoce e o tratamento feito em tempo hábil, pode-se evitar sequelas graves e óbito. “Caso o teste apresente resultado positivo para alguma das sete doenças, o SUS garante o tratamento e o suporte necessários durante toda a vida da pessoa”, acrescenta. 

No Brasil, a obrigatoriedade do teste do pezinho foi estabelecida em 2001, com a criação do Programa Nacional de Triagem Neonatal. O país é uma referência na área. “Com a identificação de bebês com suspeita de doenças contempladas pelo teste e com o encaminhamento deles para consultas com equipes multiprofissionais, é possível fazer a confirmação diagnóstica e o tratamento adequado, o que garante melhor qualidade de vida para essas crianças”, detalha Jeanice.

“O Dia Nacional do Teste do Pezinho não é apenas uma data para promover a saúde infantil, mas também um lembrete sobre importância do investimento contínuo em programas de triagem neonatal. Ao garantir que todos os bebês sejam testados e tratados precocemente, o Brasil dá um passo significativo para assegurar um futuro mais saudável para suas crianças”, conclui. 

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No ano passado, o governo do Estado iniciou o repasse de R$ 4,6 milhões anuais ao município de Porto Alegre para o cofinanciamento e a complementação do SRTN. 

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Paula Appolinario

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Paula Appolinario

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