Polícia

Justiça aumenta penas de pai e madrasta de Bernardo Boldrini após recurso do MPRS

Após recurso interposto pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), a Justiça aumentou as penas de Leandro Boldrini e Graciele Ugulini, pai e madrasta de Bernardo Uglione Boldrini, pelos crimes de tortura e abandono material. A decisão da 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado (TJRS) manteve as condenações e determinou o cumprimento da pena em regime fechado.

Leandro foi condenado a 13 anos e 15 dias de reclusão, em regime fechado, por tortura, e a quatro anos, nove meses e 15 dias de detenção, em regime semiaberto, por abandono material. Já Graciele recebeu a mesma pena por tortura e três anos, cinco meses e 15 dias por abandono. Antes do recurso, as penas eram menores: cinco anos e meio por tortura e cerca de dois anos e meio por abandono material, ambos em regime semiaberto.

LEIA MAIS: Condenada no Caso Bernardo, Edelvânia Wirganovicz morre na prisão

Publicidade

Além do aumento nas penas, a nova decisão impôs multa equivalente a dez vezes o maior salário mínimo vigente à época dos fatos, corrigida pelo IGP-M. Em relação ao crime de submissão a vexame e constrangimento, a punibilidade foi extinta por prescrição. O relator do processo, desembargador João Pedro de Freitas Xavier, destacou que os responsáveis legais pela criança não apenas deixaram de protegê-la, como contribuíram diretamente para seu sofrimento físico e psicológico.

Relembre o caso

Bernardo, de 11 anos, foi encontrado morto em uma cova em Frederico Westphalen, dez dias após desaparecer. Ele morava com o pai, a madrasta e uma meia-irmã, de um ano, no município de Três Passos. O caso gerou grande comoção em todo o país. A criança foi dopada, morta, enrolada em um saco plástico e enterrada em um matagal.

Em 2019, pai, madrasta e os irmãos Edelvânia e Evandro Wirganovicz foram condenados pelos crimes de homicídio e ocultação de cadáver. O julgamento de Leandro foi anulado posteriormente, mas ele foi condenado novamente em novo júri realizado em 2023. Edelvânia foi encontrada morta este ano na prisão, e Evandro teve a pena extinta em 2024.

Publicidade

LEIA MAIS: Caso Bernardo: recurso para anular segundo júri de Leandro Boldrini será julgado na sexta

Cassação de registro

O MPRS também atuou no processo disciplinar contra Leandro Boldrini no Conselho Regional de Medicina do Estado (Cremers), recorrendo da decisão que o havia absolvido. Com isso, houve a cassação do seu registro profissional pelo Conselho Federal de Medicina em 2024, uma medida inédita no país.

LEIA MAIS NOTÍCIAS DE POLÍCIA

Publicidade

QUER RECEBER NOTÍCIAS DE SANTA CRUZ DO SUL E REGIÃO NO SEU CELULAR? ENTRE NO NOSSO NOVO CANAL DO WHATSAPP CLICANDO AQUI 📲. AINDA NÃO É ASSINANTE GAZETA? CLIQUE AQUI E FAÇA AGORA!

Karoline Rosa

Share
Published by
Karoline Rosa

This website uses cookies.