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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Laboratório desenvolve substâncias antimaláricas a partir de plantas amazônicas

As pesquisas para o desenvolvimento de medicamentos contra a malária a partir de substâncias extraídas de plantas da Amazônia brasileira estão avançadas. Os pesquisadores do Laboratório de Princípios Ativos da Amazônia (Lapaam), que faz parte do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), possuem cerca de seis substâncias isoladas bem caracterizadas, capazes de matar os parasitas da malária.

A informação é do farmacêutico Luiz Francisco Rocha, responsável pela área de farmacologia do Lapaam. Um artigo com os resultados recentes das pesquisas do laboratório foi aceito para publicação na Antimicrobial Agents and Chemotherapy, uma revista de prestígio no meio científico, em biotecnologia, farmácia e química.

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O Laboratório de Malária e Dengue do Inpa também atua nas pesquisas, em parceria com a Fundação de Medicina Tropical do Amazonas.

Entre as substâncias mais promissoras está o 4-nerolidilcatecol (4-NC), extraído da Piper peltatum, uma planta medicinal popularmente conhecida como caapeba-do-norte ou pariparoba. Seu chá é utilizado no tratamento da malária, dificuldades de digestão, infecções no sistema urinário, febre e picadas de inseto, dentre outras aplicações.

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A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários parasitas do gênero Plasmodium, transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles e apresenta cura se for tratada de forma correta e a tempo. Os parasitas se depositam no fígado da pessoa infectada, onde amadurecem e se reproduzem. A doença pode evoluir para a forma grave e até matar.

A maioria dos casos de malária se concentra na região Amazônica, área endêmica para a doença. Nas demais regiões, apesar das poucas notificações, segundo o Ministério da Saúde, a doença não pode ser negligenciada, pois se observa uma letalidade maior que na Amazônia.

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O Lapaam também pesquisa o potencial antimalárico em plantas como a carapanaúba (Aspidosperma vargasii), a caferana (Picrolemma sprucei), a acariquara vermelha (Minquartia guianensis) e a andiroba (Carapa guianensis).

O farmacêutico Luiz Francisco Rocha conta ainda que, recentemente, o laboratório começou a avaliar a ação das substâncias também para a prevenção da malária.

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