Após se tornar um dos destinos favoritos dos santa-cruzenses em finais de semana, o Lago Dourado vai receber investimentos que devem chegar na casa dos R$ 20 milhões nos próximos anos. O plano da Prefeitura é revitalizar o complexo e potencializar a sua vocação para o turismo e o lazer, que por muito tempo ficou esquecida.
O projeto original do reservatório, concebido em meados da década de 90, já previa o aproveitamento do seu entorno e do próprio espelho d’água para atividades esportivas e de diversão. Passados mais de 15 anos desde a inauguração, a ideia jamais saiu do papel. Agora, o governo pretende levá-la adiante e, para isso, resgatou e atualizou o projeto.
Segundo o secretário municipal de Planejamento, Jeferson Gerhardt, na prática as intervenções já começaram com as melhorias que vêm sendo feitas desde o ano passado – a implantação do bicicletário, no início deste ano, é um dos exemplos. A partir de agora, porém, o trabalho deve se intensificar. Uma das obras previstas é a duplicação da taipa, o que desafogaria o fluxo e permitiria que ciclistas e pedestres deixassem de disputar o mesmo espaço. Porém, como se trata de uma obra complexa (a pista tem 6 quilômetros de extensão), a execução deve ocorrer no médio prazo.
O movimento no lago disparou nos últimos meses. Segundo registros da Prefeitura, no auge do verão chegaram a ser contabilizadas 250 retiradas de bicicletas em apenas um dia – fora as pessoas que foram apenas caminhar ou correr e os que levaram suas próprias bicicletas. Já para a próxima temporada de calor, a Prefeitura pretende ter concluído a implantação de dois trapiches para a prática regulada de esportes náuticos, como canoagem e stand up paddle – para evitar impactos sobre a qualidade da água, não serão permitidas atividades que utilizem equipamentos com motor. O investimento também deve demandar estrutura de segurança e contratação de pessoal.
Ainda estão previstas implantação de sanitários, ampliação do estacionamento (que não comporta a procura em certos horários) e construção de quiosques, playground e quadras esportivas. Com isso, o complexo, que hoje ocupa 90 hectares, deve se expandir para a margem oeste. Conforme Gerhardt, as obras serão feitas em etapas, inclusive para que não seja preciso fechar o local ao acesso do público por um longo período. Uma das primeiras etapas, projetada para começar nos próximos meses, deve ser a terraplenagem dessa nova área. A conclusão de cada intervenção, no entanto, depende de burocracias como licitações e licenciamentos ambientais.
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