Laurent Mekies assume a equipe principal da Red Bull Racing
Laurent Mekies, francês de 48 anos, foi promovido a chefe da Red Bull na terça-feira, 9. Ele estava na Racing Bulls, a equipe secundária da empresa de energéticos. Mekies é formado em Engenharia Mecânica, começou a trabalhar com a fornecedora de motores da equipe Arrows em 2001 e, no ano seguinte, foi contratado pela Minardi como engenheiro de corrida. A equipe foi adquirida pelo bilionário Dietrich Mateschitz e, assim como a Jaguar tornou-se RBR em 2005, deu origem à STR (atual RB) em 2006. Laurent Mekies foi promovido a engenheiro chefe e, posteriormente, a chefe de performance de veículos, atuando até 2014 na função.
O francês deixou o time no fim daquele ano para se tornar diretor de segurança da Federação Internacional do Automobilismo (FIA), que estendeu suas responsabilidades para a função de vice-diretor de corrida. Mekies permaneceu trabalhando pela entidade até juntar-se à Ferrari, em 2018, pela qual ganhou mais notoriedade.
De 2018 a 2023, o engenheiro atuou como diretor esportivo, chefe de pista e performance e, por fim, diretor de corridas. Mekies também atuou como o segundo em comando na escuderia italiana, substituindo o chefe Mattia Binotto como chefe de equipe em algumas ocasiões como o GP de São Paulo de 2022. No entanto, ele não permaneceu no time de Maranello por muito tempo após a demissão de Binotto, anunciada no fim de 2022: em julho de 2023, a Ferrari confirmou a saída de Mekies. O francês foi chamado para substituir Franz Tost na AlphaTauri, antiga STR e que se tornaria RB a partir de 2024.
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Christian Horner, britânico de 51 anos, estava na Red Bull desde o início do projeto, em 2005. Foram oito títulos de pilotos e seis de construtores, além de 124 vitórias e 287 pódios em 405 GPs disputados. Segundo ele, não recebeu uma justificativa do staff para a saída. Porém, conflitos internos e falta de desempenho são os motivos apontados nos bastidores para a demissão. No ano passado, uma funcionária acusar Horner de “comportamento inapropriado“. Após investigação interna, Horner foi inocentando. O caso, no entanto, deixou sequelas e foi o começo do fim da liderança do britânico.
Após o escândalo, a Red Bull ficou dividida, com Max Verstappen e Helmut Marko se colocando contra Horner. Em meio à guerra interna, o lendário projetista Adrian Newey abandonou o barco para se juntar à Aston Martin. Posteriormente, o diretor-esportivo Jonathan Wheatley fez o mesmo e se tornou chefe da Sauber. Desde então, o desempenho da equipe caiu e o Mundial de Construtores foi perdido em 2024 — ainda que Verstappen tenha sido campeão entre os pilotos.
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A Red Bull começou 2025 com inúmeros problemas e, ainda que Verstappen tenha vencido duas corridas, não tem um equipamento bom o suficiente para brigar pelo título. Além disso, depois de demitir Sergio Pérez, a equipe contratou Liam Lawson, mas descartou o neozelandês após duas corridas para dar a chance a Yuki Tsunoda — que também não está entregando resultados satisfatórios.
Assim, Horner, que era muito apoiado pela parte tailandesa da Red Bull, perdeu força internamente por causa da falta de desempenho. A relação do dirigente com a estrela do time Verstappen também não estava das melhores. Um claro defensor de Helmut Marko, o tetracampeão trabalhava nos bastidores por uma reestruturação profunda, que estaria ligada diretamente à sua continuidade em Milton Keynes. O ponto central do plano era remover Christian da chefia ou, no mínimo, limitar significativamente sua influência. Para piorar, Horner e Jos Verstappen, pai de Max, foram vistos discutindo após o GP da Inglaterra. Após o desempenho abaixo do esperado em Silverstone, a demissão foi inevitável.
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