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Lava Jato investiga lavagem de R$ 12 milhões em propinas na Transpetro

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A Polícia Federal (PF), o Ministério Público Federal (MPF) e a Receita Federal deflagraram na manhã desta terça-feira, 12, a 79ª Fase da Operação Lava Jato, batizada “Vernissage”, para investigar crimes de corrupção, fraudes licitatórias, organização criminosa e lavagem de dinheiro envolvendo um grupo que pegou propinas de mais de R$ 12 milhões no âmbito de contratos celebrados com a Transpetro.

De acordo com a PF, as vantagens indevidas foram lavadas por meio da aquisição de imóveis e obras de arte. Nessa linha, um dos objetivos da operação é apreender de mais de cem obras de arte adquiridas por um investigado, indica o Ministério Público Federal.

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Polícia Federal cumpre mandados por fraudes na Petrobras

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A Procuradoria no Paraná indicou ainda que a ofensiva é um desdobramento da fase 65 da Lava Jato, a Operação Galeria, que mirou em Edison Lobão, ex-senador e ex-ministro de Minas e Energia (governos Lula e Dilma), e chegou a prender seu filho Márcio. A dupla foi denunciada em setembro de 2019 por supostas propinas em contratos da Transpetro que, somados, chegam a mais de R$ 1,5 bilhão.

Cerca de 70 policiais federais e 10 auditores da Receita Federal cumprem 11 mandados de busca e apreensão em Brasília (2), São Luis do Maranhão (3), Angra dos Reis (RJ) (1), Rio de Janeiro (3) e em São Paulo (2).

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A Polícia Federal informou que, durante as investigações da Lava Jato, foi identificada uma organização criminosa voltada a fraudar licitações mediante o pagamento de propina a altos executivos da Petrobras, bem como a outras empresas a ela relacionadas, como a Transpetro. Segundo os investigadores, Sérgio Machado, diretor da estatal entre 2003 e 2014, foi indicação política no esquema criminoso que dividia os altos cargos da Petrobras e subsidiárias.

“Suspeita-se que os contratos celebrados pela Transpetro com algumas empresas teriam gerado, entre os anos de 2008 e 2014, o pagamento de mais de R$ 12 milhões em propinas pagos a este grupo criminoso”, registrou a PF em nota.

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A PF cita como exemplo a compra de um apartamento de alto padrão por R$ 1 milhão em 2007, pago em espécie por intermédio de empresa dos investigados e vendido por R$ 3 milhões, em menos de dois anos, valorização não correspondente às condições do mercado imobiliário da época.

“No caso das obras de arte, tais operações consistiam na aquisição de peças de valor expressivo com a realização de pagamento de quantias ‘por fora’, de modo que não ficassem registrados os reais valores das obras negociadas. Neste caso, tanto o comprador, quanto o vendedor emitiam notas fiscais e recibos, mas declaravam à Receita Federal valores flagrantemente menores do que aqueles efetivamente praticados nas transações”, explicou a PF.

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De acordo com os investigadores, entre valores declarados à Receita Federal e os de mercado, praticados nos leilões em Galeria de Arte, verificaram-se diferenças de 167% a 529%.

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