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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Lembrar e agradecer

O apelo ao consumismo pulsa forte nesta época do ano. Parece indispensável provar a amizade ou amor às pessoas queridas mediante a compra de um presente, um mimo que seja, sob pena de ser visto com olhos pouco indulgentes. Domingo, no programa Fantástico, da Rede Globo, uma reportagem mostrou o surrado cenário que assola o Nordeste brasileiro: a seca.

Ao caminhar pelas ruas de uma pequena cidade, muito pobre, o repórter perguntou aos moradores qual seria o melhor presente que gostariam de ganhar: – Eu queria ter água! – responderam em uníssono.

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Com lágrimas nos olhos, uma mulher não hesitou: – Este é o melhor Natal da minha vida! – confessou entre soluços.

Terminada a reportagem, refleti sobre os tempos que vivemos, pautados pelo consumismo, pressa, pelo fenômeno da ostentação e pela “cultura do descartável”. Recém-terminado o Natal, muita gente já se debruça sobre os presentes da noite de ano-novo. Não importa o comprometimento financeiro ou a proliferação de lembrancinhas fúteis e sem utilidade. Importa, sim, mostrar “poder” por meio do acúmulo.

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Olhei ao redor: há 30 anos compartilho minha vida com uma esposa solidária, que me deu dois filhos responsáveis e saudáveis. Tenho emprego, uma irmã – cunhado e sobrinhos –, além de muitos amigos e o mais importante: saúde. Milhões de seres humanos não possuem o básico: um teto, família, um ombro amigo nas horas amargas, trabalho, saúde ou algum outro motivo para despertar a cada manhã.

Não sou um eterno conformado ou de ver a vida cor-de-rosa. Prefiro a ideia de agradecer. Um 2017 iluminado, solidário, mais despojado e rico em saúde!

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