Foto: Claudine Friedrich
Entre os dias 4 e 12 de novembro, o Setor de Vigilância e Ações em Saúde, da Secretaria Municipal de Saúde, conduziu o Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) em Santa Cruz do Sul. Mais de 30 agentes de endemias percorreram 2,5 mil residências em 36 bairros e quatro localidades do interior, mapeando a situação no município. O estudo apontou que Santa Cruz está em nível médio de infestação, com maior concentração de focos nos bairros Schulz, Bom Jesus e Santo Antônio.
As informações foram divulgadas pelo agente de endemias, Alexandre Goulart, em entrevista ao programa Estúdio Interativo da Rádio Gazeta FM 107,9. Segundo ele, os bairros receberam novas ações após o resultado do levantamento. Alexandre lembrou ainda que, perto do Dia de Finados, foram vistoriados 24 cemitérios na zona urbana e mais 13 na zona rural, visando realizar um trabalho educativo com os moradores que cuidam dos túmulos de seus entes queridos.
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Também presente na entrevista, o secretário de Saúde, Rodrigo Rabuske, reforçou a importância das visitas, buscando conscientizar a população sobre as atividades preventivas. “São ações no dia a dia que geram bons resultados, mas acima de tudo preservam a vida das pessoas”, afirmou. Rabuske também lembrou da vacina disponível para adolescentes de 10 a 15 anos incompletos, que conta com duas doses. Segundo ele, a faixa etária é estabelecida pelo Ministério da Saúde, “pois é uma idade em que se percebe uma consequência maior e uma necessidade de vacinação.”
Alexandre explicou que o município dispõe do equipamento de Ultra Baixo Volume (UBV) veicular e de oito UBVs costais. No entanto, ressaltou que o uso da UBV segue critérios rigorosos e não pode ser aplicado indiscriminadamente, já que o inseticida não é específico para o Aedes aegypti e pode afetar outras espécies da fauna e da flora.
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Por isso, o método é recomendado apenas em situações de surto. O agente destacou ainda que o município utiliza UBV com larvicida biológico, mais direcionado ao Aedes, embora também requer cautela. Segundo o agente de endemias, os equipamentos estão operacionais, mas com os dados atuais ainda não há necessidade de recorrer a essa tecnologia.
O agente de endemias reforçou que a população deve desenvolver o “olhar residencial”, verificando possíveis criadouros do Aedes aegypti dentro de casa, uma inspeção que, conforme ele, leva menos de oito minutos. Alexandre reconheceu que muitos moradores já adotam essa rotina, no entanto alertou que ainda existem pontos específicos que exigem maior atenção. “O conhecimento é importante, mas manter o hábito é melhor ainda”, destacou.
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O secretário Rodrigo Rabuske também lembrou das campanhas educativas realizadas nas escolas, onde as crianças aprendem sobre a importância dos cuidados dentro e fora de casa. O projeto Quintal da Dengue, conforme Rabuske, amplia essas ações para outros locais do município. “É importante porque as crianças levam para as famílias os ensinamentos aprendidos na escola”, ressaltou.
*Colaboraram Carina Weber e Márcio Souza
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