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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Lília Cabral interpreta a 1ª vilã de sua carreira em ‘O Sétimo Guardião’

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A obra do autor Aguinaldo Silva é marcada, entre outras coisas, pelo rol de vilãs inesquecíveis, passando por figuras como Perpétua, de Tieta, Nazaré Tedesco, de Senhora do Destino, e Tereza Cristina, de Fina Estampa. Mérito do texto e, claro, das atrizes. Agora, chegou a vez de Valentina Marsalla se juntar a essa poderosa lista das malvadas de Aguinaldo na próxima novela das 9, O Sétimo Guardião, que estreia nesta segunda, 12, na Globo. Ao ouvir essa observação durante a entrevista, Lília Cabral, que dará vida a Valentina, mesmo com toda sua trajetória irretocável como atriz, não esconde o frio na barriga. 

“Quando você fala que ela tem tudo para ser como as outras vilãs do Aguinaldo, isso já me remete a uma responsabilidade muito grande, porque as vilãs dele ficam eternizadas”, diz Lília, por telefone, do Rio, em um dos intervalos de gravação da novela. “Todo mundo lembra da Perpétua, da Nazaré, da Altiva, todas aquelas nas quais ele colocou seu maior veneno nos personagens. Elas surpreenderam, e as atrizes arrebentaram. Então, entro nessa história com essa responsabilidade.” 

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De fato, da maneira como Valentina foi construída, de malvada de história infantil ela não tem nada. Moradora de Serro Azul, Valentina foge da cidade depois de ser abandonada no altar pelo noivo, Egídio (Antonio Calloni) – que, para se tornar um dos guardiões do segredo da fonte local, não pode se casar. Grávida dele (sem ele saber), promete nunca mais voltar (a versão mais jovem de Valentina será interpretada pela filha de Lília, Giulia, que fará uma participação especial). 

Em São Paulo, ela se tornou uma das grandes empresárias do ramo de cosméticos. E só consegue ver no filho, Gabriel (Bruno Gagliasso), um meio de conseguir tirar vantagem de alguma forma: seja na cidade grande – ela quer que o filho se case com a herdeira de uma fortuna -, seja em Serro Azul – para onde parte o filho, passando a integrar o grupo dos 7 guardiões. “Ela volta à cidade para se vingar. Vai atrás do filho, mas o que ela mais quer é se vingar, e, quando chega lá e descobre que existe uma fonte que pode torná-la mais rica do que já é, então vai pensar nela mesmo e não vai medir esforços para conseguir o que deseja”, descreve Lília. 

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É bem verdade que os vilões têm licença para fazer – e falar – praticamente o que quiserem, diferentemente dos mocinhos. Mas, em tempos em que uma fala ou brincadeira, dependendo de seu teor, pode ser considerada ofensiva ou inapropriada, existe alguma preocupação com o texto de Valentina? “Nem me preocupo, o Aguinaldo, como jornalista, jamais seria louco de falar ou escrever qualquer coisa que machucasse. Acho que é muito mais em cima do que vivemos, do nosso dia a dia, do que está acontecendo”, afirma ela.

“Tem coisas que muita gente pensa e não fala, e a Valentina é uma personagem muito dissimulada, porque, na frente, ela pode ser tudo o que ela quiser, mas, por trás, ela é o que realmente é. Quando a pessoa é ruim, a primeira coisa que ela é: dissimulada. As pessoas vão conhecendo a Valentina aos poucos, cada capítulo tem uma característica. Quando ela chegar a Serro Azul, as características todas já foram reveladas.” 

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A parceria de Aguinaldo e Lília é antiga. Vem desde Vale Tudo, de 1988. “Ele escrevia muito a Aldeíde (sua personagem na novela). Depois, em Tieta, fiz Amorzinho, Pedra Sobre Pedra. Mas conheci o Aguinaldo mesmo, mais próximo, quando ele me chamou para fazer Fina Estampa. E eu vinha de uma novela do Manoel Carlos, Viver a Vida, em que eu fazia uma mulher chiquérrima, vinha de uma personagem totalmente glamourizada. Quando ele me chamou para fazer Fina Estampa, falei: que delícia é você saber que tem um autor que te olha dessa forma, porque, às vezes, você fica com estigma – ela só pode fazer comédia, ou drama, ou só faz chique -, e não é verdade.” Para ela, Valentina é outro presente do autor. “Sou muito agradecida ao Aguinaldo, porque fui muito feliz em todos os personagens que ele me deu.”

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