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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Lista de procurador-geral inclui casos de ‘caixa 2 puro’

Os pedidos de abertura de inquérito feitos pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF) com base na delação da Odebrecht incluem casos do chamado “caixa 2 puro”, que poderiam ser beneficiados por um eventual acordo no Congresso para aprovar a anistia à prática.

A conduta é identificada pela omissão de gasto de campanha à Justiça Eleitoral. Nestes casos, a PGR pediu investigação com base no Artigo 350 do Código Eleitoral – já que a prática não é tipificada penalmente.

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Os 78 delatores da Odebrecht narraram aos procuradores da República que fizeram repasses a políticos com o intuito de conseguir um benefício. Por exemplo, destinaram dinheiro para um deputado ou senador ajudar a empreiteira na votação de um projeto de lei. Não importa, para a equipe de Janot, se o dinheiro foi usado em doação oficial declarada, caixa 2 em campanha ou destinado ao enriquecimento do próprio político.

Para a PGR, o caso se enquadra em corrupção. Segundo os investigadores, o debate de “caixa 1 ou caixa 2” é uma linguagem política. Na prática, se há promessa ou recebimento de uma vantagem indevida ligada a interesses da empresa não importa se o dinheiro depois foi usado em campanha de forma oficial ou não. 

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Nos pedidos de arquivamento feitos pela PGR ao Supremo há caso de doações em caixa 1 – ou seja, contabilizadas -, em que não houve contrapartida indevida de um político. 

Casos que serão remetidos a outros tribunais ou foros de Justiça foram encaminhados ao ministro Edson Fachin com uma breve descrição da indicação de crime. Cabe a ele enviar o relato dos delatores à Justiça competente.

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Grande parte da delação vai ser usada para reforçar inquéritos já abertos desde que a Lava Jato chegou ao STF, em 2015.

‘Lavanderia’

O ministro Marco Aurélio, do STF, disse nesta terça-feira, 14, antes da divulgação da “lista de Janot”, que a população brasileira está “perplexa” com as suspeitas de corrupção envolvendo campanhas eleitorais e a prática de caixa 2. “Todos estão perplexos com os indícios, por enquanto, quanto à corrupção e à transformação da Justiça Eleitoral em lavanderia. Agora temos de apreciar caso a caso”, afirmou, sem mencionar situações específicas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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