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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Lixões clandestinos se acumulam em pontos de Santa Cruz

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As áreas clandestinas de descarte de resíduos revelam que tem gente errando feio na hora de destinar lixo em Santa Cruz do Sul. Alguns pontos da cidade mostram, também, que tem morador precisando de um intensivo em educação ambiental. Nos locais, em diferentes bairros da cidade, é possível encontrar material que, em melhor estado, daria para mobiliar uma casa ou ocupar o guarda-roupas. São sofás, pias, televisores, colchões, cobertores, roupas e outros objetos descartados em meio à vegetação. Uma situação preocupante, mas que parece estar longe de ter solução.

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Com a promessa de uma série de projetos para beneficiar a área ambiental, em relação ao reaproveitamento e descarte de materiais, o secretário de Meio Ambiente, Raul Fritsch, acredita que o principal entrave é a falta de educação e de interesse de alguns moradores. “A Prefeitura oferece local para tudo. Nossa principal intenção é, também, educar e não apenas punir.” O titular da pasta lembra que todo o resíduo é de responsabilidade de quem o gerou. Por isso, não basta pagar para que alguém faça o descarte, sem conhecer o destino.

“Em setembro, duas empresas de Santa Cruz sofreram advertência. Elas pagaram alguém para fazer a destinação, mas esses acabaram enviando o material para área não adequada”, conta o fiscal ambiental Anderson Luís Müller, que lembra que a multa é de R$ 5 mil para crimes ambientais. Situações como essa podem ser denunciadas à secretaria (telefone 3902 3611) e também à Guarda Municipal (3719 6354).

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Coleta seletiva é opção para o descarte correto

Em Santa Cruz, para descartar material reciclável, não é preciso nem sair de casa. Em nove bairros, a Cooperativa de Catadores e Recicladores de Santa Cruz do Sul (Coomcat) realiza a coleta seletiva solidária diariamente. De caminhão ou de carrinho, a equipe carrega papel, papelão, alumínio, sucatas, garrafas plásticas, vidros (exceto de espelhos) e livros (que compõem uma biblioteca).

Outros materiais, como peças de roupas, até são aceitos, mas devem estar em bom estado. Os moradores também podem ir até a sede da cooperativa, na Rua Venâncio Aires, 1.445, para destinar corretamente os recicláveis. Outras informações podem ser solicitadas por meio do telefone (51) 3902 7669 ou no site. 

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Situações preocupantes

Trevo do Bom Jesus

Em um dos pontos de descarte irregular de lixo mais conhecidos no município, o trevo da BR-471 com a ERS-409, no Bairro Bom Jesus, o problema se multiplica. Para minimizar a situação, a Prefeitura tem realizado a coleta do lixo no local a cada 15 dias. Mudar esse cenário é um desafio também para o presidente da associação de moradores, Clairton Ferreira, o Tim. Segundo ele, ao longo de oito anos, oito áreas na mesma situação deixaram de existir pelas ruas do Bairro Bom Jesus.

Por meio de mutirões e de parcerias com proprietários e com a Prefeitura de Santa Cruz, terrenos baldios foram cercados, o que minimizou a poluição. Agora, os esforços se concentram em encontrar novas saídas para a situação no trevo e, também, na Rua Carlos Hoppe e na esquina das ruas Visconde de Mauá e Amazonas. “Nas imediações do Asilo de Idosos (Asan) também queremos construir uma calçada, para evitar o descarte”, explica Ferreira.

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Foto: Lula Helfer
Situação no trevo do Bairro Bom Jesus, um dos acessos à cidade, chama a atenção

 

E ainda…

Próximo ao condomínio Jardim das Nações, no Bairro Bonfim, queimadas de lixo são constantes.
No Bairro Monte Verde, nem mesmo as placas de advertência,  instaladas pela Prefeitura impedem o descarte impróprio de lixo.

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Foto: Lula Helfer

 

A gota d’água

Não é apenas o visual do município que sofre as consequências do descarte incorreto de resíduos. O principal malefício pode escorrer pela torneira. “No momento que o material é depositado, ele passa a se decompor. Com isso, pode haver proliferação de doenças, insetos e pragas, além da contaminação de recursos hídricos”, afirma o técnico agrícola Nataniél Sampaio, da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra).

Diante da água contaminada é preciso aumentar, também, os percentuais dos materiais para a sua purificação. “Uma coisa desencadeia a outra. A atitude pode ser vista apenas como um malefício local, mas afeta toda a água que a população toma”, lembra. Para que o quadro seja revertido, Sampaio destaca a necessidade de se investir em educação ambiental. “É preciso começar na escola, ter uma composteira, promover a coleta seletiva. Se a criança começa a ver isso, ela vai levar o aprendizado para casa.”

 

Fique atento

Coleta da Coomcat

Segunda a sexta-feira: Centro, das 7h30 às 17horas e das 17h30 às 20 horas.

Segundas: Higienópolis, Goiás e Santo Inácio, das 7h30 ao meio-dia; Universitário e Avenida, das 13 horas às 17 horas.

Quartas: Independência, Renascença e Várzea, das 7h30 ao meio-dia; Universitário e Avenida, das 13 horas às 17 horas.

Sextas: Higienópolis, Goiás e Santo Inácio, das 7h30 ao meio-dia; Costa Norte, Renascença, Independência e Várzea, das 13 horas às 17 horas.

Como destinar

Galhos e outros materiais de jardim: aterro vegetal, nas proximidades do Autódromo Internacional de Santa Cruz do Sul. Para realizar o descarte é preciso solicitar autorização junto à Secretaria de Meio Ambiente, na Rua Galvão Costa, 708.

Móveis: se não puderem ser doados, o ideal é solicitar serviços de papa-entulhos em empresas especializadas ou, até mesmo, queimar a madeira, caso haja área propícia para isso.

Orgânicos: devem ser colocados nos contêineres verdes da Conesul, nas ruas da cidade, para posterior recolhimento.

Recicláveis: coleta seletiva solidária da Coomcat.

Equipamentos eletrônicos e pneus: Central de Recebimento de Eletrônicos e Pneumáticos (Crepel), na Rua 28 de Setembro, 1.707.

 
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