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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Magia e gentileza

“Obrigado”, “por favor”, “desculpe”, “por gentileza”, “com licença”. Muitos vão lembrar do apelido dado a esse conjunto de expressões. Eram as “palavrinhas mágicas”, título que pais e mães repetiam à exaustão para que os filhos fossem pessoas minimamente educadas.

Como tantos outros hábitos “dos velhos tempos”, essa é uma mania que saiu de moda. A falta de respeito às normas básicas de convivência transformou o mundo numa selva. Em qualquer ambiente deparamos com trogloditas que atropelam interlocutores, principalmente se estes ousarem ter opinião contrária.

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Todos os dias, quando percorro as ruas de Porto Alegre, observo a total falta de sintonia entre as conquistas da contemporaneidade responsáveis por tantas facilidades. A incapacidade de lidar com nossos semelhantes é inversamente proporcional aos confortos que temos, como ar-condicionado, controle remoto, internet, elevador/escada rolante, celular, veículos velozes.
Chegamos ao cúmulo de que exemplos de dignidade humana se transformam – em fração de segundos – em manchete nacional através das onipresentes redes sociais. Um homem que encontra uma carteira com muito dinheiro e procura o dono para devolver a quantia vira herói. Socorrer um transeunte que passa mal na rua é ato de bravura.

É óbvio que se deve enaltecer os bons exemplos. Mas ser solidário deveria ser o “normal”, não a exceção. Como repito diariamente aos meus filhos, o mundo ideal é muito distante do mundo real. Mas é necessário manter a esperança – e trabalhar – por dias melhores. Isso começa no microcosmo de cada um. Na família, no trabalho, no condomínio, no trânsito.

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– Faço o possível!

Se mais pessoas fizessem o possível para adotar gestos obsequiosos, talvez as “palavrinhas mágicas” voltassem à moda para se tornar realidade. E a gentileza iria prosperar.

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