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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Mais segurança para a vida silvestre

Uma causa nobre deixou o trânsito da Avenida Melvin Jones interrompido na manhã dessa sexta-feira. Em uma operação conjunta, bombeiros, ambientalistas e servidores da Prefeitura de Santa Cruz do Sul instalaram dois passadores de fauna no local. As estruturas feitas com cordas e canos de PVC são semelhantes a passarelas suspensas sobre a via. A expectativa é que elas sejam utilizadas pelos animais para cruzarem de um lado para o outro das matas.

Conforme o professor de Biologia da Unisc, Jair Putzke, naquela região já ocorreram atropelamentos, especialmente de macacos, o que justifica a instalação dos passadores. O trecho escolhido compreende os primeiros 200 metros da avenida, que dá acesso à sede campestre do Clube União. “Agora a tendência é que os animais se acostumem com a estrutura aérea”, explica. Assim como da primeira vez, serão disponibilizados alimentos para isca, como sementes e frutas. O objetivo também é plantar trepadeiras que cubram o passador com vegetação.

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Conforme Putzke, os passadores da Avenida Melvin Jones também serão monitorados para analisar sua eficácia e fazer possíveis alterações, caso seja necessário. Pela experiência anterior, destaca que a expectativa é que sejam facilmente assimilados pelos grupos, que compreendem entre 20 a 47 animais. “Todos os arborícolas são muito inteligentes em função do ambiente em que se encontram. Logo vão perceber esse conjunto de estruturas como seguras.” A expectativa é de que sejam instalados mais cinco passadores nos arredores do Cinturão Verde.

O secretário de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade de Santa Cruz, Raul Fritsch, destaca que as parcerias em favor da preservação ambiental deveriam ter acontecido há mais tempo, o que evitaria muitos prejuízos ao longo dos anos. “Recebemos quase que semanalmente animais feridos na secretaria. Hoje é cada vez mais necessário que busquemos o equilíbrio entre o ser humano, a flora e a fauna. Nós somos os invasores e precisamos tentar adequar os ambientes para que haja mais equilíbrio”, defende.

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