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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Novo livro de Svetlana Aleksiévitch fala da brutalidade da guerra soviético-afegã

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Até o momento em que foi anunciada como a ganhadora do Prêmio Nobel de Literatura de 2015, a bielorrussa Svetlana Aleksiévitch era praticamente desconhecida do público brasileiro, realidade que talvez enfrentasse em boa parte do mundo. No entanto, bastou que ela recebesse essa distinção para que, à primeira leitura de suas vigorosas reportagens, os leitores ficassem encantados e impactados com a sua forma de escrever, na linha do jornalismo investigativo de fôlego. Agora, mais um título, o quinto, vem se juntar à sua obra nas livrarias brasileiras, o volume Meninos de zinco, que a sua editora no País, a Companhia das Letras, está lançando até o final de janeiro, em tradução de Cecília Rosas.

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Ainda em 2016, quando transcorriam os 30 anos desde a ocorrência de Tchernóbil, a Companhia das Letras lançara mais duas das obras de Svetlana, A guerra não tem rosto de mulher e O fim do homem soviético. E a eles juntara-se em 2018 o volume As últimas testemunhas, com depoimentos de personagens que haviam vivido, quando crianças, as agruras da Segunda Guerra Mundial. Natural de Stanislav, na Ucrânia, mas tendo crescido na Bielorrússia, então uma das repúblicas soviéticas, a autora está com 71 anos.

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Ao longo de uma década, milhares de soldados, de ambos os lados, pereceram no campo de batalha num conflito que, para o lado soviético, revestia-se de completo contrassenso. Na URSS, o discurso era de uma operação em nome da paz, mas a cada dia a população testemunhava, estarrecida, mais e mais caixões de zinco lacrados chegando de volta do Afeganistão.

Svetlana decidiu ouvir, no calor da hora, com a guerra soviético-afegã recém-encerrada na época, personagens de diversas áreas sobre o sentido (se houve) daquele embate, e sobre as terríveis marcas humanas que deixou sobre a sociedade, marcas que nunca mais se apagariam. Quando da publicação, no início da década de 90, provocou muita polêmica numa realidade soviética que se desmantelava semana a semana. E, como tal, é um documento formidável de jornalismo de qualidade realizado no tempo real de um fato de alcance global.

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