Mano Menezes elencou lances polêmicos contra o Grêmio
O técnico Mano Menezes assumiu a responsabilidade pela eliminação precoce do Grêmio na Copa do Brasil após empate em 0 a 0 com o CSA na Arena. Contudo, reclamou da arbitragem, principalmente pela anulação do gol que levaria a decisão para os pênaltis, após o árbitro Matheus Candançan assinalar falta de Kannemann na jogada.
Mano Menezes citou alguns erros cometidos, como os cruzamentos em demasia ou a tentativa de acelerar demais as jogadas, o que impediu a criação de chances mais claras para marcar. ” A responsabilidade é toda minha. “Futebol não é um lugar de justiça. Se fosse, teríamos feito um gol hoje. Fizemos… Achei que a equipe se entregou ao máximo daquilo que podia fazer, daquilo que queríamos de comportamento. Esse comportamento deu controle absoluto. Onde reside-se o problema, na nossa avaliação? Que precisamos fazer melhor com 77% de posse, que precisamos ter mais calma, que em determinados momentos fomos afoitos, ajudamos o adversário a defender com a sua proposta que era lógica. Faltou um jogo mais lúcido para criar oportunidades mais claras além daquelas que a gente criou. É bem claro entre nós”, avaliou.
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Mano disse que foram oito lances nos quais o árbitro dos jogos do Grêmio foi chamado pelo VAR para analisar alguma decisão e não houve mudança. Depois do pênalti em Luciano na derrota para o São Paulo, no último sábado, o clube gaúcho listou sete lances nos quais entendeu ter sido prejudicado.
“É a oitava vez que o VAR chama e o árbitro não modifica a postura. Para não dizer que a gente não fala, quero deixar claro que no futebol, a gente foi favorecido e prejudicado a vida inteira. O que está errado é quando só somos prejudicados. Não é possível que nas oito vezes, em nenhuma delas o Grêmio tinha razão. É isso que falamos. Para ficar claro”, afirmou. “Em nenhum momento colocamos aqui na arbitragem todas as justificativas pelas quais não estamos vencendo. Seria um erro absurdo de nossa parte achar que isso explica tudo”, completou o técnico.
O goleiro Tiago Volpi detonou a arbitragem de Matheus Candançan e disse que o Tricolor tem que “jogar contra 11 adversários e arbitragem”. O vice-presidente Eduardo Magrisso e o diretor de futebol Guto Peixoto também foram para cima do árbitro na saída do gramado.
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Tiago Volpi foi um dos poucos jogadores a se manifestar depois do 0 a 0. E mostrou toda a indignação com o gol anulado do Grêmio na reta final. No lance, o árbitro marcou falta de Kannemann em um encontrão com Silas. Foi ao monitor e manteve a decisão. Arezo, então, foi para cima de Candançan e foi expulso. “Vocês viram, não sei que falta viu, não sei que falta inventou. Todo mundo viu pela TV, me carrega pelas costas. Eu estou com a mão aberta e me inventa uma falta”, disparou Kannemann.
Volpi contribuiu nas reclamações. “A gente fala que além de jogar contra 11 adversários, tem que jogar contra a arbitragem também. Assim tem sido nossa rotina nesta temporada”, desabafou. “É uma decepção muito grande, mas tem que seguir (a temporada). É complicado, ficamos com a sensação que sempre tem uma coisa extra. Mas uma vez mais, é um absurdo. a gente vê cada coisa e anular um gol desses? Tem um contato normal de dois jogadores. É indignante para a gente. Não muda a frustração de todos, a raiva da torcida conosco. Mas é inadmissível que uma jogada dessa, o árbitro tenha a capacidade de anular. Existe a nossa culpa, os nossos erros, mas o que eles vem fazendo com o Grêmio não pode acontecer. Todo jogo do Grêmio tem algo contra. Para a gente é frustrante demais”, acrescentou o goleiro.
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A decisão do árbitro foi corroborada pela arbitragem de vídeo, conduzida por Daiane Muniz. Conforme a análise publicada pela CBF, Candançan marcou a falta no campo e confirmou a decisão após a análise do VAR.
“A decisão do campo é falta no primeiro momento”, disse o árbitro. “O jogador do Grêmio tem um tranco nas costas do adversário. O braço que atinge o jogador do CSA que sangra é do próprio companheiro. Mas o tranco é do Kannemann. Venha na área para rever”, respondeu a VAR.
Segundo a súmula de Candançan, o vice-presidente Alexandre Rossato, o diretor de futebol Cesar Augusto Peixoto e o vice-presidente Eduardo Magrisso invadiram o campo de jogo após o apito final. Com o dedo em riste, proferiram repetidamente insultos como “ladrão, bandido, tu nos roubou, seu sem vergonha”.
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A súmula também cita quando Eduardo Magrisso atirou uma nota de R$ 2 na direção do árbitro. Um incidente mais grave foi relatado à equipe de arbitragem pelo tenente Rodrigues, da Brigada Militar. Pavon teria cuspido no rosto do soldado Parizotto no acesso ao vestiário. Candançan, porém, afirmou na súmula que sua equipe não presenciou o ocorrido.
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