Árbitros foram para a "geladeira" após lances polêmicos | Foto: Joisel Amaral/Agif
A arbitragem brasileira precisa de socorro, não de corredor da morte. O nível é ruim sim, mas o fardo é muito pesado para a categoria carregar sozinha. E não adianta só afastar, punir tirando jogos, como castigo financeiro. Na última rodada, vários clubes têm direito à reclamações, Grêmio e São Paulo, por exemplo. São os clubes que nada fazem para ajudar a arbitragem, que não tem reconhecimento como categoria de trabalho profissional.
Reconheço que erros de arbitragem tiram vitórias, causam derrotas, eliminações e perda de títulos. Nessas horas, os holofotes se viram exclusivamente para os árbitros, que fazem parte de uma engrenagem complexa, aparecendo muito mais nas horas negativas (quando os erros acontecem). A CBF, as federações, clubes, técnicos, atletas e a mídia em geral, quem realmente está preocupado ou interessado nos problemas da arbitragem. É muito dinheiro envolvido, e os árbitros continuam na “base da pirâmide”, como presas na savana africana, esperando a hora para serem devorados.
A CBF, com o aval das federações e dos clubes, acaba de divulgar o calendário de 2026, que terá Copa do Mundo. A bola vai rolar antes de o ano completar uma quinzena. Os estaduais terão incríveis 11 datas e aí não para mais até o Mundial. Copa do Brasil, não teremos mais ida e volta, com a festa nas arquibancadas, estádios lotados, apenas um local pré-determinado, como Libertadores. O que será que pensam esses dirigentes, que recebem generosos salários (federações), será que eles lembram da grande maioria dos clubes que não disputam Séries A, B, C, e D, que estão, assim como a arbitragem, na “base da pirâmide”? O futebol está cada vez mais elitista, infelizmente.
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